22 de novembro de 2011

PRIMAVERA DOS LIVROS NO RIO ELEGE LITERATURA DA PERIFERIA COMO TEMA CENTRAL - Paulo Virgílio

Rio de Janeiro – A literatura da periferia é o tema central da décima primeira edição da Primavera dos Livros, evento anual que faz parte do calendário cultural do Rio de Janeiro. Em 2010, o evento atraiu mais de 30 mil pessoas. Considerada o maior encontro de editoras independentes do país, a Primavera dos Livros será realizada da próxima quinta-feira (24) a domingo (27), nos jardins do Museu da República, no Catete, zona sul da cidade.

Promovida pela Liga Brasileira de Editoras (Libre), a Primavera reúne cerca de 100 editoras filiadas à entidade, com um catálogo coletivo de 12 mil títulos. O evento tem entrada franca e poderá ser visitado das 10h às 22h, de quinta-feira a domingo. A Primavera oferece descontos de até 40% na compra de livros para o público em geral e de 50% para os professores, além de uma intensa programação de debates, performances e lançamento de livros.

A homenageada deste ano é a professora, crítica literária e ensaísta Heloisa Buarque de Hollanda, autora de ensaios e coletâneas sobre a chamada “poesia marginal”. De acordo com a diretora da Libre e coordenadora da Primavera dos Livros, Cristina Warth, a homenagem está em perfeita sintonia com o tema central do evento este ano. “Heloisa é uma professora egressa da academia, mas com um olhar para a cultura da periferia. O trabalho que ela desenvolve pautou a nossa agenda de debates”.

Entre os destaques do evento, está o lançamento do livro "Martinho da Vila: Tradição e Renovação", um estudo sobre o papel político e social das obras do cantor e compositor, de autoria de João Baptista de M. Vargens e André Conforte. O lançamento ocorrerá no sábado (26) e Martinho da Vila estará presente. Ele participará de um bate-papo com o artista plástico Vik Muniz sobre a relação de seu trabalho com a cultura da periferia.

Na sexta-feira (25), os projetos de incentivo à leitura na periferia serão tema de outra mesa de debate, com a participação de Otávio Júnior, criador da primeira biblioteca do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio.

De acordo com Cristina Warth, a Primavera dos Livros tem características bem distintas da portentosa Bienal do Livro, realizada a cada dois anos na cidade. Além de ter um custo elevado para as editoras participantes, a Bienal cobra ingresso e exige do público o deslocamento até o Riocentro, na Barra, local não servido por transporte de massa, ao contrário do Palácio do Catete, vizinho a uma estação do metrô.

“A lógica da Primavera dos Livros é oferecer um evento gratuito, num espaço de fácil acesso, em que o destaque seja o livro. Nenhum estande é diferente, são todos do mesmo tamanho. E a preocupação é que os editores estejam à frente desses estandes nos quatro dias do evento, numa conversa com o leitor”, acentua.

Extraído do sítio da Agência Brasil

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