25 de dezembro de 2011

25 DE DEZEMBRO: NATAL XX

PAPAI NOEL CHEGA À SIBÉRIA

A Rússia está dando início às suas festas de Ano Novo e Natal – exatamente nesta ordem, porque lá primeiro se comemora a passagem do ano e somente em 7 de janeiro acontece a celebração do Natal. O Bom Velhinho, que aqui no Brasil é chamado de Papai Noel, na Rússia tem o nome de Vovô Frio, Ded Maroz, e é ele quem vai levando a boa-nova às cidades do país, para alegria das crianças e também – por que não? – dos adultos. E no domingo, 25, em Moscou, será inaugurada a principal árvore de Natal do país, na Praça da Catedral, dentro das muralhas do Kremlin.

O Ded Moroz (Vovô Frio, o Papai Noel russo) é oficialmente recebido em Novosibirsk, na Sibéria, junto com sua neta, a Snegurochka
A Igreja Ortodoxa Russa segue o calendário juliano, e por este motivo celebra o Natal em 7 de janeiro, enquanto a Igreja Católica observa o calendário gregoriano e mantém a festividade natalina em 25 de dezembro. Ao contrário do que acontece nos países que seguem a orientação do Vaticano, a tradicional entrega de presentes acontece na madrugada de 1.º de janeiro. As crianças russas recebem a recomendação de dormir cedo na noite de 31 de dezembro, porque, quando acordarem, encontrarão os presentes deixados por Ded Moroz durante a madrugada. Nos últimos 20 anos, o Natal vem se popularizando na Rússia, mas ainda está longe de se igualar à alegria demonstrada pelo povo na passagem do ano.

Até o início dos anos 20 do século passado, o Natal ortodoxo era muito mais popular. No entanto, o governo soviético, que se proclamava ateu, era bastante crítico aos dogmas religiosos e sempre deu mais ênfase às festividades de Ano Novo. Além disso, como o Natal é uma festa cristã, os povos de outras confissões religiosas da então União Soviética não o comemoravam. Assim, os festejos pelo Ano Novo ganhavam ênfase e se transformavam num grande evento nacional.

Presépio montado junto à Catedral da Imaculada Conceição, em Moscou, celebrando o Natal católico. O Natal ortodoxo é em 7 de janeiro
A história da árvore de Natal também é curiosa. A árvore foi proibida em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, pelo Sínodo Sagrado da Igreja Ortodoxa, por ser um costume alemão. Após a conturbada guerra civil e as revoluções, a árvore acabou se reintegrando às festas de fim de ano em 1936, mas na qualidade de árvore do Ano Novo. As primeiras aparições do Vovô Frio (Ded Moroz) foram registradas no início do século 20, mas o personagem só se tornou popular com o passar do tempo, com a tradição da entrega dos presentes nas madrugadas de 1.º de janeiro.

Na Rússia, o Bom Velhinho não trabalha sozinho. Diz a lenda que ele tem uma ajudante, uma netinha muito simpática chamada Snegurochka, a Floquinho de Neve. Até a década de 50, Ded Moroz, o Vovô Frio, usava roupas azuis, porém pouco a pouco adotou o padrão europeu e passou a se vestir de vermelho.

Depois do Ano Novo, 10 dias de feriados



O Ano Novo russo também tem suas tradições peculiares. Famílias e amigos se reúnem. Às 23 horas e 55 minutos, o presidente da Federação Russa faz um pronunciamento oficial em rede de televisão, desejando Feliz Ano Novo ao povo. Pontualmente à zero hora de 1.º de janeiro, soam os sinos do Kremlin, e em seguida todas as emissoras de TV tocam o Hino Nacional.

O Ano Novo é certamente a mais solene e importante festa da Rússia. Em 2005, os dias 1, 2, 3, 4 e 5 de janeiro foram declarados feriados nacionais. Considerando o Natal no dia 7 também um feriado nacional, os russos ganham um recesso, em pleno inverno, que dura de 8 a 10 dias.


Extraído do sítio Diário da Rússia

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