13 de março de 2012

CADÊ O ACERVO DA LIVRARIA DO GLOBO? - Jorge Furtado

A Revista do Globo, editada em Porto Alegre, circulou entre 1929 e 1967. Além de ser um registro de quatro décadas da história do Brasil pelo ponto de vista de algumas das melhores cabeças do Rio Grande do Sul - Erico Verissimo, Moysés Vellinho, Mario Quintana e muitos outros -, é também uma ótima coleção de capas. Por ali passaram grandes pintores e artistas gráficos brasileiros, muitos deles gaúchos, nativos ou honorários: João Fahrion, Edgar Koetz, Nelson Faedrich, Sotero Cosme.

O acervo completo foi digitalizado pela PUC-RS e ficou bastante tempo disponível, grátis, fácil de baixar. Depois sumiu, talvez por problemas de direitos. Uma pena, ainda mais quando lembramos que o trabalho foi feito, em parte, com verbas da Lei de Incentivo à Cultura. Dinheiro público, portanto.

Enquanto o extraordinário acervo da Revista do Globo segue escondido, felizmente alguns se dão ao trabalho de estudá-lo e dividir conhecimento. É o caso deste blog: http://revistadoglobo.wordpress.com/

Sobre o trabalho de digitalização do acervo da Livraria do Globo, esta notícia de 2005:

Projeto da PUCRS recupera coleção completa da Revista do Globo - 04/01/2005

O acervo completo da Revista do Globo, com 943 edições que circularam de 1929 a 1967, foi digitalizado e reunido em 14 CD-ROMs por um projeto integrado do Centro de Pesquisas Literárias da Faculdade de Letras, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas e Agência Experimental da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS. A organização rendeu um trabalho de 12 anos que contou com cerca de 70 bolsistas de iniciação científica da Faculdade de Letras e se completou em 2004.

"Esta passa a ser a única coleção completa da revista em edição fac-similar de alta definição", destaca a pesquisadora Alice Campos Moreira, coordenadora do projeto que foi financiado pela Livraria do Globo e pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura com apoio da PUCRS, Fapergs e CNPq. A digitalização da publicação gaúcha chegou a sofrer dificuldades pela falta de exemplares. Sua coleção ficou completa graças à junção dos acervos do Museu da Brigada Militar, do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa e do Arquivo Histórico Moysés Vellinho.

No início, o projeto pretendia realizar uma catalogação simples por meio de fichas. Como a quantidade de material era muito extensa, foi decidido informatizá-lo. Criou-se então o grupo de pesquisa do projeto, dividindo o trabalho em etapas de catalogação, digitalização e edição.

Voltado principalmente a pesquisadores, o catálogo pode ser investigado de diversas maneiras oferecidas por inovador processo de indexação. A coleção é oferecida a bibliotecas públicas e universitárias, museus, centros culturais e de pesquisa, que devem preencher um cadastro no site www.pucrs.br/ipct e enviá-lo à coordenação do Centro de Pesquisas Literárias da PUCRS, sala 430 do prédio 8 do Campus Central (avenida Ipiranga, 6681). As fichas serão selecionadas e, posteriormente, o volume será enviado à instituição gratuitamente.


A Revista do Globo compreendeu os principais fatos, os costumes e a vida no Rio Grande do Sul em sua época, que agora são eternizados e difundidos pelos CD-ROMs. A publicação era quinzenal e circulou no País durante quase quatro décadas. São milhares de páginas com literatura, notícias, história, moda, cultura, esportes, culinária e vida social. Os maiores escritores da época fizeram parte do veículo, entre eles Erico Verissimo, Moysés Vellinho, Mario Quintana e Mansueto Bernardi, escrevendo artigos.


Extraído do Blog de Jorge Furtado

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