16 de maio de 2012

CENTROS DE CULTURA E ENTRETENIMENTO PARA A FAMÍLIA

Para atrair mais leitores, livrarias de todos os portes trazem às suas dependências lançamentos, palestras e cafés. Além disso, os estabelecimentos permitem que o cliente leia os livros sem exigir a compra dos produtos.

Para a livreira Mileide Flores, dona da Livraria Feira do Livro, os estabelecimentos de bairros fomentam um "pensar diferente". Foto: Deivyson Teixeira

Não é difícil dar uma volta pelas grandes livrarias de Fortaleza aos fins de semana e encontrar uma quantidade considerável de leitores de todas as idades e gostos. Isso porque as livrarias se transformaram em verdadeiros centros de encontro, de cultura e entretenimento.

“Tanto as pequenas quanto as médias e grandes livrarias têm que investir muito em acervo, atendimento e, principalmente, serviços. As grandes livrarias hoje são centros de entretenimento que recebem a família, que passa horas ali. A livraria que não estiver atenta a isso pode ter dificultada sua sobrevivência no mercado”, avalia o presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Ednilson Xavier.

É justamente por se apresentarem dessa forma que as livrarias hoje estão em evidência, de acordo com a suplente da diretoria do Sindicato do Comércio Varejista de Livros do Ceará (Sindilivros-CE), Mileide Flores. Ela também é proprietária da Livraria Feira do Livro, há 56 anos em atividade em Fortaleza.

“Se você encontra uma livraria num bairro, é porque ali existe um pensar diferente, o bairro se projeta culturalmente de forma diferente”, afirma a livreira. Mileide, no entanto, não acredita que as grandes redes, que geralmente se firmam em shoppings, tenham esse mesmo poder. “As grandes redes se concentram em espaços de leitores já formados.”

Apesar de ser pequena, a Livraria Lua Nova aproveitou a massa de estudantes que se concentra no bairro Benfica. “O faturamento não é alto, mas mantemos um café aqui dentro da livraria para atrair mais leitores, compradores em potencial. Além de rodas de conversa. Mesmo sem vendas, é interessante fazer um pouco de arte mesmo”, afirma a proprietária da Lua Nova, Elisa Mariana.

Mais cultura


À frente da Livraria Cultura desde 1969, Pedro Herz diz que sua livraria é quase um centro cultural, pelo conteúdo que oferece aos frequentadores. “Tem atividades, palestras, noite de autógrafos, auditórios. Isso faz com que as pessoas frequentem com múltiplos interesses”, exemplifica. O fato de o cliente poder folhear e praticamente ler um livro todo mesmo sem comprar também é estratégico. “Se, em estabelecimentos comerciais de qualquer natureza, pode-se chegar, experimentar o produto e ir embora, por que não nas livrarias? Não sei se aproxima o leitor, mas decide a compra”, diz.

O presidente da ANL lembra que as pequenas e médias livrarias, que têm faturamentos bem inferiores às grandes, podem contar com o Programa de Ação Cultural (Proac), do governo federal, para investir nas atividades culturais. “A livraria entra com 20% e o governo vai disponibilizar 80%”, explica Xavier. (Luar Maria Brandão)

Multimídia

Mais informações sobre os programas de incentivo às livrarias e à leitura, acesse o site: http://www.mec.gov.br.


Extraído do sítio O Povo Online

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