12 de junho de 2012

BOA ARTE E GOSTO ESTÉTICO MARCARAM BIENAL HAVANEIRA

Havana, 11 jun - Audácia, talento, novidade e sensibilidade para assimilar diferentes estilos e propostas artísticas caracterizaram a XI Bienal de Havana, acontecimento visual que hoje se despedirá do público depois de estampar sua aura de boa arte e gosto estético.

Uns 180 artistas de 43 países chegaram à capital cubana para expor suas obras em galerias, parques, instalações e outros espaços abertos, a tom com o imaginário social, tema que presidiu a maior cita de seu tipo na ilha com caráter bianual.

Mensagens de paz, amor, tolerância e harmonia entre homem e natureza, entre muitos outros, pulularam por espaço de um mês em um encontro que ao dizer do pintor cubano Alexis Leyva (Kcho) ratificou o compromisso da arte, ao mesmo tempo em que ressaltou a riqueza e os valores do chamado Terceiro Mundo.

Em tal sentido, destacaram as propostas do sul-africano Steven Cohen, do marroquino Batoul Shimi e do palestino Rafat Asad, por só citar alguns nomes presentes neste diálogo interativo, no que também primaram as surpresas ante o desconhecido, o risco e a aventura inerentes aos processos criativos.

Menção aparte merece a tecnologia, ferramenta que a bienal havaneira, a diferença de outros grandes eventos de seu tipo no mundo, reservou um espaço muito especial no Centro Ibero-americano da Cultura, onde 18 artistas e 15 obras ofereceram várias visões sobre a robótica e as informática sócias à arte, através da mostra coletiva Open score.

Um ambiente visual diferente ofereceram inovadoras propostas como Os carpinteiros e sua conga irreversível, o performance do cubano Manuel Mendive, o Cavalo de Troya, a Cidade generosa, o Barco da tolerância ou o projeto coletivo Por trás do muro, que abarcou sete quilômetros do populoso malecón havaneiro, uma das 18 sedes expositivas.

Obras como estas não só chamaram a atenção pela engenhosidade e o bom gosto de seus criadores, senão por lhe devolver o encanto e a beleza a espaços citadinos muito coincididos na maioria dos casos, ou abandonados.

Outros projetos como a performance do artista austríaco Hermann Nitsch e os objetos elaborados pela jovem cubana Grethell Rasúa a partir de fluídos corporais humanos como sangue, leite materno, sêmen e lágrimas mostraram a dimensão pouco conhecida e transgressora da arte contemporânea.

Acontecimentos como os dantes mencionados serão recordados por transeuntes, turistas e espectadores, porque por trás da cada olhada acuciosa esteve a vitalidade da arte e suas diferentes formas de enfocar a realidade social, utopias, aspirações e a criação humana.

Extraído do sítio Agência Prensa Latina

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