16 de junho de 2012

UNIVERSIDADE DO MINHO CRIA "WIKIPEDIA" PARA MÚSICA - João Pedro Pereira

O sistema gera automaticamente partituras e ficheiros áudio (D.R.)
A Universidade do Minho apresentou nesta sexta-feira (15) uma ferramenta de trabalho colaborativo na Internet, chamada WikiScore, que permitirá a voluntários com conhecimentos musicais transcrever partituras, tornando-as acessíveis tanto sob a forma de notação musical, como em ficheiros áudio.

O objectivo é criar um repositório de música que, por ora, está dispersa em originais de difícil acesso e de leitura complicada.

A ideia surgiu na disciplina de Informática para a Musicologia, na qual foram lançados os projectos-piloto que já podem ser consultados, embora estejam ainda incompletos. 

Entre estes, estão uma ópera e uma cantata do século XVIII, cujas partituras foram digitalizadas pela Biblioteca Nacional, que disponibiliza imagens que são réplicas do original – podem ser lidas por humanos treinados, mas dificilmente por computadores.

Para serem inseridas na WikiScore, estas partituras foram transcritas recorrendo a uma notação que usa letras do alfabeto para as notas musicais.

Depois de inseridas, o sistema pode gerar automaticamente partituras e ficheiros áudio, tanto da obra completa, como apenas das partes ou dos instrumentos escolhidos pelo utilizador. Por exemplo, um praticante de um determinado instrumento pode optar por gerar um ficheiro áudio de uma ópera em que são tocados todos os instrumentos menos o seu e usar assim esse ficheiro quando pratica.

“Não podemos esperar que seja a tutela ou uma fundação como a Gulbenkian a digitalizar as obras”, considera um dos responsáveis pelo projecto, José Nuno Oliveira, professor na área da informática.

O conceito é inspirado na Wikipedia, mas o acesso é um pouco mais restrito. Contrariamente ao que acontece na enciclopédia online, é preciso pedir aos responsáveis pelo site uma conta de utilizador para começar a introduzir e editar conteúdos. Tirando o processo de inscrição, a WikiScore será “completamente aberta”, afirma José Nuno Oliveira.


Extraído do sítio Público.pt

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