29 de junho de 2012

VINÍCOLAS CATARINENSES APOSTAM NO TURISMO PARA FORTALECER MARCAS - Júlia Pitthan

Segundo a Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis), nove empresas da região têm programas para receber visitantes.

Almoço na vinícola Quinta Santa Maria

O frio intenso e as belas paisagens da serra catarinense são atrativos comuns para quem pensa em visitar a região no inverno. Agora, as vinícolas locais apostam em roteiros para aqueles que querem degustar a bebida produzida com uvas cultivadas acima dos 1.200 metros de altitude.

Segundo dados da Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis), que reúne 28 empresas, nove propriedades têm programas que incluem visita aos parreirais e degustação harmonizada das bebidas. Com um pequeno volume de produção e plantio em áreas reduzidas, o turismo se tornou uma alternativa para fortalecer as marcas das empresas da região. 

A vinícola Monte Agudo, de São Joaquim, é uma das empresas que está investindo no turismo receptivo. Leônidas Ferraz, sócio da empresa, diz que neste ano houve a decisão de investir na construção de um novo prédio para receber grupos interessados em conhecer a vinícola. As obras devem ficar prontas em 90 dias. 

O programa da Monte Agudo inclui passeio na propriedade, com piquenique na área do parreiral, e degustação harmonizada. A vinícola lançou sua primeira safra em 2008 e hoje mantém três produtos em linha – um vinhobranco, um tinto e um espumante rosé, feito com método charmat (quando a última fermentação é feito em um tanque fechado). 

Segundo Ferraz, a expectativa da Monte Agudo é lançar, em 2013, um espumante branco, feito no método champegnoiese (o tradicional, quando a última fermentação é feita na garrafa). A produção anual entre espumantes e vinhos é de cerca de 15 mil garrafas. “No momento em que atraímos o consumidor para conhecer os nossos produtos e a nossa filosofia, a marca se consolida”, diz.


No início do mês de junho, a Casa Pisani, localizada em Monte Carlo, no meio-oeste catarinense, também inaugurou um programa de turismo receptivo na região. Segundo Bruno Pisani, além do brunch sob os parreirais de cabernet sauvignon, houve um concurso de sabragem (quando a garrafa é aberta com um sabre que quebra o gargalo) que empolgou o grupo durante a visita. Os grupos ficam hospedados na propriedade da família Pisani na região rural de Monte Carlo, uma cidade de 8.900 habitantes. O prédio com os dormitórios fica em uma ilha, e o acesso é por balsa. 

“Para o nosso conceito, de pequeno produtor que tem preocupação com a qualidade e não busca o volume, o turismo é uma boa alternativa para consolidar a marca”, diz Pisani. Hoje, a empresa produz cerca de 20 mil garrafas por ano. 

A vinícola Quinta Santa Maria, vai mais longe. Promove almoços às margens do Rio Lavatudo na região de Pericó, também na serra catarinense. O almoço produzido lá mesmo, durante o encontro, traz no cardápio pratos típicos da região, feitos em panelas de ferro, com fogo de chão.


Extraído do sítio Pequenas Empresas & Negócios 

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