22 de agosto de 2012

DAR E TER - Salvatore Quasímodo



Nada me dás, não dás nada
tu que me escutas. O sangue
das guerras secou,
o desprezo é um desejo puro
e não provoca nem o gesto
de um pensamento humano,
fora da hora da piedade.

Dar e ter. Em minha voz
há ao menos um signo
de geometria viva,
na tua, uma concha
morta com lamentos fúnebres.


DARE E AVERE: Nulla mi dai, non dai nulla / tu che mi ascolti. Il sangue / delle guerre s’è asciugato, / il disprezzo è un desiderio puro / e non provoca un gesto / da un pensiero umano, / fuori dall’ora della pietà. // Dare e avere. Nella mia voce / c’è almeno un segno / di geometria viva, / nella tua, una conchiglia / morta con lamenti funebri. (tradução de Aníbal Beça)

Extraído do Blog Sopa de Poesia

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