16 de agosto de 2012

SÃO LEOPOLDO: INCENTIVO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

As condições estruturais do casarão da avenida Dom João Becker, no Centro, estão sendo avaliadas pelo Compac. Crédito: Stephany Sander / especial / cp

Projeto de lei pretende servir de auxílio à preservação. O município conta hoje com 135 imóveis passíveis de tombamento

São Leopoldo conta com 135 imóveis que podem ser tombados como patrimônio histórico da cidade. Hoje utilizados como residências ou estabelecimentos comerciais, os prédios guardam memórias do município, já que a maioria das construções foi usada pelos primeiros colonos que lá chegaram. Para que essa história não se perca, deve ser votado, ainda neste mês na Câmara de Vereadores, projeto de lei de incentivo ao tombamento de construções. A própria sede do Legislativo funciona em uma edificação de 102 anos.

O projeto determinará a manutenção dos prédios que o município tiver interesse de preservação. Da lista dos imóveis, criada pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac), cerca de 10% se encontram em condições precárias. De acordo com o diretor interino de Patrimônio, Daniel Boeira, a maioria dos locais abriga moradias. "Eles são comprados por sua beleza arquitetônica, que muitas vezes não segue sendo preservada." Uma das edificações que consta na lista de interesse de preservação é a sede do antigo Theatro Independência, hoje alugada por uma loja de departamentos, responsável por sua preservação. Além dele, outras construções estão tendo suas condições avaliadas. É o caso do casarão da avenida Dom João Becker, Centro de São Leopoldo, que foi moradia da família de Maria Emilia de Paula, primeira prefeita do Rio Grande do Sul, em 1959.

A principal preocupação do Compac, segundo a arquiteta da entidade, Gabriela Scrinz, é a especulação imobiliária. "A maioria dos prédios que queremos preservar fica no Centro, onde ocorre muita especulação e demolições para a construção de novos empreendimentos." Por isso, a lista que deve fazer parte da nova lei só será divulgada depois de aprovada pelos vereadores, o que deve ocorrer no máximo em duas semanas.

A novidade deve ainda auxiliar moradores que residem em imóveis antigos, incentivando o cuidado com a estrutura e oferecendo incentivos fiscais, em que estarão contemplados a isenção do IPTU, além da venda de índices construtivos, que permite a ampliação do local em troca de custos de manutenção. São Leopoldo possui apenas dois prédios tombados pelo patrimônio histórico municipal. A Casa do Imigrante, bairro Feitoria, e a casa que está passando por reformas e abrigará o Museu do Rio, às margens do Sinos. Já os imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado são cinco: do Museu do Trem, na estação São Leopoldo; prédio da Câmara de Vereadores; Ponte 25 de Julho; Casa do Imigrante; e o prédio da Escola Superior de Teologia, no Morro do Espelho.

Extraído do sítio Correio do Povo

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