5 de setembro de 2012

EM MOSCOU ABRE-SE A XV FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO

RIA Novosti
A XV Feira Internacional do Livro oferece mais de duzentos mil livros em dezenas de línguas do mundo. A feira será aberta a 5 de setembro e vai prolongar-se por seis dias.

Para os bibliófilos de Moscou o outono começa tradicionalmente com esta feira de livros, cuja envergadura é tal que querer abranger tudo que nela se passa é o mesmo que abarcar o inabarcável.

Mais de 1500 expositores de 34 países apresentam as suas obras numa área de 36 mil metros quadrados! Na realidade, o número de países – participantes é maior ainda – são sessenta, mas nem todos possuem os seus próprios stands. Muitos chegaram à feira a fim de manter contato com os colegas na chamada “Sala de visitas internacional” que será local de discussões ativas e de cooperação dos editores de livros.

O tema básico da atual exposição – é o Ano da História Russa. Exposições especiais estão dedicadas a várias datas marcantes, incluindo, como é natural, o segundo centenário da Guerra Patriótica de 1812 e da batalha de Borodino. O convidado de honra da feira é a França. Para encontrar-se com os leitores russos virá toda uma “constelação” de escritores franceses: Guillaume Musso, Charles Dantzig, Jean-Marcel Err, e outros. Frederic Beigbeder, que tem uma popularidade especial entre a juventude, vai não somente contatar os seus fãs mas também dará um DJ-set especial no quadro do festival multimídia de literatura viva Bookmarket, - informou o diretor do Centro Cultural Francês em Moscou Mathieu Arden.

“Haverá muitos encontros, novos contatos e discussões de mais diversos temas. Em primeiro lugar, serão discutidos os temas relacionados ao livro, como tal, edição de livros e o importante problema de situação do livro no mundo moderno. Será que o livro continuará a existir na sua forma tradicional? Existe um outro espectro de questões que são excepcionalmente atuais hoje em dia, - “Napoleão e o dia de hoje”. Que lugar ele ocupa na vida cultural da França, da Rússia e, de um modo geral, no mundo moderno?”

Na exposição de Moscou está representada amplamente também a arte editorial da Armênia que comemora agora o quinto centenário da sua existência. A Armênia é o expositor central da atual feira de livros. Falando a propósito, a UNESCO proclamou Erevan a “Capital Mundial do Livro de 2012”. Nos pavilhões da exposição serão apresentadas novas obras da literatura armênia, serão realizados encontros dos editores e tradutores russos e armênios. Eles esperam restabelecer o mais rápido possível o intercâmbio de livros entre os dois países. Nos últimos vinte anos esta esfera foi bastante inativa. Será discutida, em particular, a abertura de uma livraria russa na Armênia e de uma loja do livro armênio na Rússia.

Entre numerosos festivais, concursos e foros, a realizar-se no quadro da Feira de Livros de Moscou, destaca-se pela originalidade dos seus planos o programa da Área Autoral, preparada pela associação internacional Obras clássicas vivas. Além dos encontros com os maiores escritores russos e estrangeiros, os bibliófilos terão numerosas surpresas,- revelou na entrevista à Voz da Rússia a diretora da associação Marina Smirnova.

“Creio que este é um espaço em que é interessante permanecer. Neste ano tudo foi feito no estilo dos princípios do século XIX: móveis antigos, meninos–jornaleiros que irão correr pela feira...

Os interessados poderão redigir uma carta ao escritor – recebemos as cartas para o concurso até o dia 7 de setembro. Haverá também o intercâmbio de livros: num armário de antiguidades, os visitantes poderão ver uma quantidade enorme de literatura de mais diversas épocas. Vamos entregar estes livros mas em troca de livros com a sua própria história. O que foi que este livro deu ao homem e por que resolveu trocá-lo? Os organizadores afirmam que isto é valioso pois o livro e o escritor irão encontrar um a outro.”

Extraído do sítio Voz da Rússia

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