15 de outubro de 2012

ESTÁTUA DE DEUS, RETIRADA DO TIBETE PELOS NAZISTAS, FOI FEITA DE METEORITO - Armen Apressian


Uma escultura enigmática retirada do Tibete por uma expedição nazista foi feita de um fragmento do meteorito que caiu na Terra há milhares de anos. O facto foi confirmado por cientistas de Estugarda. Uma pequena estátua de metal é conhecida também como "o homem de ferro" com a cruz gamada no peito.

A expedição alemã ao Tibete, organizada em 1938 pelo Instituto Ahnenerbe a investigar naquela altura a Herança Ancestral com o apoio do Reichsfuhrer SS, Heinrich Himmler, tem sido alvo de múltiplas pesquisas, cujos autores se defrontam com dificuldades de vária índole. É que a maioria esmagadora de documentos relacionados com a expedição continua sendo guardada em sigilo. As informações contraditórias têm engendrado ainda rumores e especulações: supõe-se que os nazistas tenham tentado descobrir o Shambala, um local místico citado amiúde em textos sagrados e em diversas tradições do Oriente. Dizem ainda que um verdadeiro objetivo perseguido pelos viajantes aventureiros era encontrar os rastos de civilizações extraterrestres supostamente existentes no Tibete... É bem possível que tais metas tenham sido traçadas. Todavia, o livro da autoria do chefe da expedição, Ernst Schafer, A festa de Cachecóis Brancos, a Expedição através do Tibete a Lhasa, Cidade Sagrada do Divino País, não versa nada sobre tentativas de encontrar o Shambala.

Os documentos dos arquivos que já foram tornados públicos apontam para o facto de que o principal objetivo da expedição paramilitar nazi era reunir argumentos a favor da divisão de pessoas em donos e servos e encontrar os vestígios da antiga raça de donos-arianos germânicos.

Quaisquer que fossem então as tarefas da expedição com destino ao Tibete, daí foram retirados numerosos artefatos antigos, alguns dos quais, no período pós-guerra, terão desaparecido dos armazéns do Instituto Ahnenerbe. É difícil dizer onde se encontrariam agora, mas de tempos em tempos, os troféus da equipa de Schafer ficam parando nas mãos de colecionadores particulares. O mesmo se deu com a estatueta esquisita que retrata um homem sentado com a cruz gamada no peito. Curioso assinalar que, tendo um tamanho relativamente pequeno (possui a altura de 24 cm), ela pesa cerca de 10 kg. Os peritos não são unânimes na opinião sobre os autênticos motivos que teriam inspirado o antigo autor da obra.

Uma versão indica para a imagem de um deus budista Vaisravana,segundo a outra se trata de um chefe militar, como, por exemplo, o imperador Gencis Khan. Conjetura-se que tenha sido exatamente a cruz gamada no peito do "homem de ferro" que pudesse cativar a atenção de Schafer. Durante séculos a suástica se utilizou pelos povos de culturas diversas. Era um símbolo de evolução da vida, do movimento solar e do bem-estar geral. Mas no século XX terá sido usada como símbolo da Alemanha nazista hitleriana, sendo-lhe atribuída então a conotação negativa na consciência da maioria de pessoas.

Após a morte do dono da coleção em 2007, a estátua foi posta em venda no leilão. O novo dono que mantém anonimato decidiu submeter à escultura a uma análise meticulosa e multilateral, razão pela qual se dirigiu aos especialistas da Universidade de Estugarda (University of Stuttgart). A surpresa dos cientistas era enorme quando um exame químico veio demonstrar que a estátua teria sido talhada em material do meteorito Chinga que caiu, há cerca de 15 mil anos, na zona da atual fronteira entre a Rússia e a Mongólia!

As primeiras informações sobre o meteorito remontam ao ano de 1912, altura em que garimpeiros vieram descobrir uns fragmentos seus na região Tandinski ao longo do rio Argolik e do seu afluente Chinga. Os pedaços de metal estranhos e massivos foram colhidos e levados a São Petersburgo pelo engenheiro Nikolai Tchernevitch. Foi também ele a lançar a primeira hipótese sobre as suas origens: naquela altura os cientistas da Academia de Ciências não acreditavam em eventual origem extraterrestre do níquel natural de Tuva enquanto que Tchernevitch batizou uma das lavras no rio Chinga de "meteórica".

Segundo afirma o professor catedrático, Elmar Buchner, da Universidade de Estugarda, a escultura podia ter sido criada há cerca de mil anos.

Não obstante certos ânimos céticos que, normalmente, acompanham tais descobertas, os cientistas que não participaram em pesquisas da estátua acreditam haver a ligação direta entre o "homem de ferro" e o meteorito acima referido.

Em opinião do geoquímico norte-americano Qing-Zhu Yin, nenhum artefato terrestre não contem uma concentração do níquel tão elevada. Os elementos químicos nunca nos enganam, frisou .

Em resumo, pode-se constar a unanimidade de cientistas quanto à origem do material do qual foi feita a escultura. Entretanto, os historiadores e personalidades religiosas ainda não pronunciaram seu "veredicto" definitivo. Uma coisa é certa – a história do "homem de ferro" merece servir de argumento para mais um filme de aventuras do famoso Indiana Jones.

Extraído do sítio Voz da Rússia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados. Não serão mais publicados os de anônimos.