8 de novembro de 2012

ESTRELAS DA TORRE DO KREMLIN DE MOSCOU COMPLETAM 75 ANOS

Em todos esses anos, conjunto foi apagado apenas duas vezes, uma delas durante a Segunda Guerra.

Foto: Vladímir Viátkin / RIA Nóvosti

Um dos marcos da capital russa – as cinco estrelas vermelhas nas torres do Kremlin – completou 75 anos. Até 1937, quando a última estrela foi colocada e o conjunto foi aceso pela primeira vez, as torres eram enfeitadas com pedras semipreciosas, que brilhavam à luz do sol, e quatro águias imperiais de duas cabeças.

"As águias surgiram ainda no século 17, na época do czar Alexei Mikhailovitch, pai de Pedro I. Depois da mudança do governo soviético de São Petersburgo para Moscou, surgiu a ideia de trocá-las por estrelas, símbolos soviéticos. Lênin tratou do assunto, mas a possibilidade de virar realidade surgiu apenas nos anos 1930. Em 1935, as águias foram desmontadas e começaram a ser instaladas as estrelas", explica Serguei Deviatov, representante oficial do Serviço Federal da Guarda.

Sempre acesas

Em 75 anos, elas se apagaram apenas duas vezes, conta Deviatov.

"Em 1941, durante a guerra, foi a primeira vez: a torre com a estrela acesa era um guia para os aviões inimigos. Atingidas durante ataques aéreos, elas foram retiradas para reforma em 1945. Em 1946, foram novamente acesas. A segunda e última vez foi durante a filmagem de O Barbeiro Siberiano, filme de Nikita Mikhalkov.”

Reforma

Quando montadas, cada uma das estrelas, também enfeitadas com pedras semipreciosas, pesava mais de uma tonelada. Por causa do peso, as cúpulas das torres e as carcaças das próprias estrelas começaram a se desfazer. Dois anos depois, as pedras foram substituídas por vidro de rubi. Uma das estrelas com as pedras, no entanto, ainda ilumina a capital. Depois da desmontagem, ela foi colocada no topo do edifício da Estação Fluvial do Norte em Moscou.

Hoje, as estrelas do Kremlin possuem uma carcaça de três metros, folheada a ouro e feita de vidro vermelho, com um potente farol no interior. Apesar do tamanho, elas giram como cata-ventos: um reforço em sua estrutura permite que elas não caiam, mesmo com ventos fortes. A foice e o martelo, que, segundo a lenda, deveriam estar nas estrelas de rubi, foram proibidos pessoalmente por Stálin.

Extraído do sítio Gazeta Russa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados. Não serão mais publicados os de anônimos.