28 de novembro de 2012

OS SETENTA ANOS DA BATALHA DE STALINGRADO - Svetlana Kalmykova

No dia 19 de novembro de 1942, o Exército Vermelho iniciou a sua contraofensiva na Segunda Guerra Mundial na Batalha de Stalingrado, operação que resultou na derrota completa das tropas alemãs nazistas. A partir das ruínas da cidade, começou o longo caminho até à vitória da primavera de 1945.

Foto: TASS

Há setenta anos, no dia 19 de novembro de 1942, o Exército Vermelho iniciou a sua contraofensiva na Segunda Guerra Mundial na Batalha de Stalingrado, operação que resultou na derrota completa das tropas alemãs nazistas. A partir das ruínas de Stalingrado, começou o longo caminho até à vitória da primavera de 1945.

Naquela manhã, milhares de peças de artilharia do Exército Vermelho despejaram uma tempestade de fogo sobre as posições inimigas e a ofensiva começou. Dias depois, as tropas soviéticas fecharam o cerco aos 330 mil soldados, oficiais e generais do exército de Hitler. Os combates continuaram durante os três meses seguintes, mas todas as tentativas alemãs de romper o cerco e sair foram infrutíferas.

Esta operação no Rio Volga, batizada de Uran, foi preparada durante dois meses. Na Stalingrado (atual Volgogrado) cercada, em condições de segredo rigoroso, se concentraram reforços provenientes da Sibéria Ocidental e foi criado um poderoso grupo de assalto.

Virada

Os historiadores consideram esse um momento culminante, um ponto de virada de toda a Segunda Guerra.

“Para a máquina de guerra alemã, que até aquele momento tinha conquistado quase toda a Europa, este foi um golpe devastador, do qual ela não conseguiu se recuperar”, diz o perito do Instituto de História Geral da Academia das Ciências da Rússia Mikhail Miagkov.

“Foi precisamente aqui que se deu a virada moral na guerra. Não só porque os alemães concentraram ali as suas unidades principais e Hitler dava uma enorme importância política a essa cidade, mas também porque o exército soviético sentiu que o inimigo poderia ser vencido.”

A contraofensiva foi precedida de meses de duros combates. As tropas do Terceiro Reich avançaram em meados de julho em direção a Stalingrado e estavam convencidas de que até agosto a cidade cairia, abrindo-lhes o caminho para as áreas petrolíferas do Cáucaso. Mas elas esbarraram na incrível resistência por parte dos defensores da cidade, que lutavam até à morte e não defenderam apenas a cidade, mas salvaram a Europa e todo o mundo do nazismo. A derrota das tropas de Hitler em Stalingrado permitiu o desenvolvimento do movimento da Resistência nos países da Europa.

Mais sangrenta

A batalha, que durou 200 dias, foi a maior e a mais sangrenta da história. Entre mortos e feridos, somam-se cerca de um milhão de soldados e oficiais soviéticos, enquanto os exércitos do bloco nazifascista perderam um quarto das forças que combatiam na frente germano-soviética.

“Muitos livros já foram escritos sobre a batalha, mas o trabalho continua”, diz Elena Tsunaeva, historiadora de Volgogrado e uma dos autoras da enciclopédia dedicada à batalha.

“Se sabe muito, mas se analisarmos os detalhes, ainda há muito por descobrir. Há pouca informação sobre determinados destacamentos militares e é difícil encontrar documentos de arquivo, visto que muito foi destruído durante a guerra. Falta informação mesmo sobre alguns comandantes. Ou seja, nós sabemos quem foram os heróis, quem foram os condecorados, mais é muito complicado encontrar a descrição detalhada dos seus feito. Quanto ao fato de terem sido escritos muitos livros, posso dizer que alguns episódios são simplesmente copiados. Por isso seria errado dizer que o estudo da batalha terminou.

A continuação desses estudos deverá receber a contribuição da quinta edição da enciclopédia, assim como da nova edição biográfica “Batalha de Stalingrado e os seus Habitantes”, que irá descrever a contribuição que os habitantes da cidade deram para a vitória tanto na retaguarda como na frente de combate. Pois se olharmos para a vitória, esta foi tecida de milhões de feitos e vitórias das mais diversas.

Extraído do sítio Gazeta Russa

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