11 de dezembro de 2012

LIVRO DE DONALDO SCHÜLER É O VENCEDOR DO AÇORIANOS 2012


O professor, escritor e tradutor Donaldo Schüler, de 80 anos, natural de Videira (SC) e radicado em Porto Alegre desde a sua juventude, foi o vencedor do Livro do Ano do Prêmio Açorianos de Literatura 2012, com a obra "Afrontar Fronteiras" (Editora Movimento), entregue na noite desta segunda-feira no Teatro Renascença. 

O anúncio foi feito pelo prefeito José Fortunati ao final de uma cerimônia ágil que durou pouco mais de uma hora e que teve a apresentadora Tania Carvalho como mestre de cerimônias e os músicos Claudio Levitan e Duda Guedes como animadores. 

Durante a noite, a Coordenação do Livro e Literatura da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre premiou profissionais envolvidos com o livro em 10 categorias (Narrativa Longa, Conto, Poesia, Crônica, Ensaio de Literatura de Humanidades, Especial, Capa, Projeto Gráfico, Infantil e Infanto-juvenil), além do Livro do Ano, Destaques do Ano e do Açorianos de Criação Literária. O prêmio de criação literária, na categoria poesia, contemplado com R$ 10 mil e a publicação pela Editora da Cidade, foi Entrechos ou Valas do Silêncio, de Carlos Augusto Bonifácio Leite, o Guto Leite, que agradeceu aos seus professores Paulo Seben de Azevedo, concorrente ao prêmio, e Marcia Ivana Lima Silva, além dos seus alunos e famíla.

Ao receber o prêmio mais importante da noite, o Livro do Ano, e a premiação em dinheiro de R$ 10 mil, Schüler, vencedor da categoria Ensaio de Literatura e Humanidades, agradeceu a cidade de Porto Alegre. "Na pessoa do prefeito Fortunati agradeço a cidade a qual devo toda a minha formação", disse. Depois, com mais calma, Donaldo falou que se sente gratificado por pertencer ao movimento cultural da capital gaúcha. "Agradeço à cidade, aos jurados e à secretaria de Cultura pelo reconhecimento do meu trabalho", afirmou. 

Na entrega dos prêmios por categoria, um destaque deve ser dado ao fato de mãe e filho receberem o prêmio em suas categorias. Maria Carpi foi a premiada em Poesia com "A Chama Azul" (AGE), pela terceira vez no Açorianos, e o filho, o jornalista e escritor Fabrício Carpinejar em Crônica por "Borralheiro: Minha Viagem Pela Casa" (Bertrand Brasil), pela quarta vez no Açorianos. "Foi emocionante porque me lembro quando fui chamada à escola e disseram que ele não poderia ser alfabetizado. Eu alfabetizei ele pela poesia e hoje recebemos prêmios na mesma noite", ressaltou Maria. "É importante um prêmio em família, porque aqui no Rio Grande do Sul nós temos uma relação familiar com os livros, falamos dos livros como se fala de um amigo", emendou Carpinejar. 

Na categoria Conto, o prêmio foi para "Enquanto Água", de Altair Martins (Record). "A minha carreira de escritor sempre esteve ligada a este prêmio. Eu surgi como escritor ganhando um Açorianos; estreei como romancista vencendo o prêmio e agora volto ao conto, recebendo mais um prêmio. É o nosso Oscar local. Gostaria que a imprensa desse mais atenção aos livros, divulgando os nossos trabalhos como a outras artes", ressaltou. 

Nas demais categorias, os premiados foram: NARRATIVA LONGA: "Neptuno", de Leticia Wierzchowski (Editora Record); INFANTIL: "Maria Teresa e o Javali", de Gustavo Finkler (Projeto); INFANTO-JUVENIL: "Decifrando o Ângelo", de Luís Dill (Scipione); ENSAIO DE LITERATURA E HUMANIDADES: "Afrontar Fronteiras", de Donaldo Schuler (Movimento); ESPECIAL: "O Tempo e o Rio Grande nas Imagens do Arquivo Histórico do RS", Organização de Rejane Penna (IEL); CAPA: "A Primeira Vez que Vi Meu Pai". Capa de Juliana Dischke para o livro de Márcia Leite (Artes e Ofícios); PROJETO GRÁFICO: "A Primeira Vez que Vi Meu Pai". Projeto de João Carlos Camargo Guimarães (Artes e Ofícios).

Extraído do sítio Portal Vitrine 

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