9 de dezembro de 2012

NOBEL DE LITERATURA CHINÊS DIZ QUE CENSURA É NECESSÁRIA


ESTOLCOMO - O prêmio Nobel de literatura deste ano, Mo Yan, que tem sido criticado por sua filiação ao Partido Comunista da China e pela relutância em se manifestar contra o governo, defendeu, de acordo com o jornal inglês "Guardian", que a a censura é algo "tão necessário quanto o controle de segurança em aeroportos", comparando-a com as rotinas de segurança a que foi submetido em sua viagem a Estocolmo. Ele também afirmou que não iria se juntar ao apelo de libertação de Liu Xiaobo, um dissidente chinês que ganhou o Nobel da Paz em 2010.

- Quando eu passei pela alfândega, eles quiseram me revistar, mesmo tendo tirado meu cinto e sapatos. Mas acho que as verificações são necessárias - disse.

Apesar do comentário, Mo afirmou que não achava que a censura era o caminho da verdade, mas que qualquer difamação ou rumores "deveriam ser censurados".

- Eu também acredito que a censura, por si só, seja o princípio mais elevado - disse, em comentários traduzidos por um intérprete.

O vencedor do prêmio de literatura foi criticado por vencedores anteriores. Herta Mueller, ganhadora do prêmio em 2009, chamou a escolha do júri de "catástrofe" em uma entrevista com o jornal sueco "Dagens Nyheter" no mês passado. Mo também foi também acusado por ela de proteger as leis de censura do país asiático. Em seu discurso tão esperada na sexta-feira, em Estocolmo, Mo Yan evitou falar de política.

Extraído do sítio Yahoo! Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados. Não serão mais publicados os de anônimos.