4 de janeiro de 2013

VINHOS: RÓTULOS INOVADORES INDICAM TEMPERATURA IDEAL


As garrafas dos vinhos brancos e rosés da portuguesa Casa Agrícola Alexandre Relvas (CAAR), no conselho alentejano de Redondo, vão passar a ter rótulos inovadores com uma tinta especial que permite ao consumidor identificar se estão à temperatura ideal para serem bebidos.

Em declarações à Lusa, Alexandre Relvas, responsável pela produtora de vinhos, explicou que, em Portugal, este tipo de rótulos já é usado "nas cervejas, há muitos anos", mas é relativamente recente no sector dos vinhos.

“Além da CAAR, há mais uma empresa portuguesa do setor dos vinhos, um pequeno produtor, que usa uma tecnologia muito parecida nos rótulos de um vinho seu, mas com outro tipo de tinta”, revelou.

Para testar esta inovação, a casa agrícola começou por aplicar os rótulos especiais nos "vinhos 'best-sellers'", ou seja, nos maiores sucessos da empresa, que, segundo Alexandre Relvas, são os vinhos branco e rosé da gama Montinho São Miguel.

"Tivemos resultados muito bons", salientou, sublinhando subidas de "cerca de 20%" nas vendas dessa gama de vinhos, em comparação com 2001, enquanto, no geral, houve "crescimentos de 10%".

Em consequência deste sucesso, a empresa vitivinícola está agora a aplicar os novos rótulos no engarrafamento "da colheita de 2012 de todos os vinhos brancos e rosés". Mas, afinal, em que consistem estes rótulos?

Rótulos estão dotados com tinta "termocromática"

De acordo com a CAAR, os rótulos permitem ao consumidor identificar, com exatidão, o momento em que o vinho atinge a temperatura ideal para ser consumido.

Numa determinada área do rótulo existe um logótipo com uma tinta especial, termocromática, cuja composição reage quando é submetida a uma temperatura inferior a aproximadamente nove graus, passando de transparente para azul.

"Estes rótulos são iguais aos outros. A única coisa que os distingue é terem uma tinta que muda de cor quando o interior da garrafa está entre os oito e os 11 graus, que é a temperatura ideal a que o nosso vinho branco e rosé deve ser consumido", esclareceu Alexandre Relvas.

No entender do responsável, a importância deste sistema prende-se com o facto de "a qualidade de um vinho e o prazer que proporciona ao consumidor" estar muito ligado "à temperatura a que é consumido".

"A temperatura ótima de consumo pode fazer com que um vinho seja mais ou menos agradável", defendeu, reiterando que esta tinta impressa nos rótulos vai facilitar a vida ao consumidor, ajudando-o a percecionar "a temperatura do vinho, sem precisar de utensílios, como termómetros".

A Casa Agrícola Alexandre Relvas foi fundada em 1997 e dedica-se à produção e comercialização de vinho regional alentejano. Segundo Alexandre Relvas, a empresa arrancou com uma produção de "cerca de 50 mil garrafas", em 2004, mas atualmente já produz "perto de dois milhões".

A CAAR tem uma vertente essencialmente exportadora, já que 75% da sua produção segue para mercados externos, com destaque para a Bélgica, Estados Unidos, Holanda e China.

Extraído do sítio Boas Notícias

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