16 de fevereiro de 2013

ALEXANDER BLOK, POETA RUSSO

Alexander Blok foi um dos mais talentosos poetas líricos russos após Alexander Pushkin e um autor dramático.


Alexander Blok passou a sua infância em Petersburgo e na herdade de Shakhmatovo, situada na região de Moscou. Em 1906 formou-se em filologia russo-eslava da Universidade de Petersburgo. Já na infância começou a escrever versos e a partir de 1903 viu as suas obras publicadas. Em 1904 publicou a coletânea de versos “Versos sobre a bela senhora”, em que se apresentava como cultor do simbolismo lírico.

Em 1903 na poesia romântica abstrata de Blok surge o tema social – a cidade desumana com o seu trabalho infernal e a miséria. A revolução de 1905-1907 na Rússia descobriu ao poeta, segundo ele próprio disse, a “face da vida despertada”. Doravante o tema da Pátria está sempre presente na poesia de Blok. A sua obra adquire um matiz trágico e profundo, imbuído da sensação de que a época está prenhe de catástrofe, do agouro da tempestade purificadora que vem. O poema não concluído “O castigo”, que Blok escreveu no período de 1910 a 1921 está cheia de pressentimentos revolucionários.

A lírica amorosa de Blok é romântica mas ao par do enlevo e do arrebatamento ela encerra um princípio trágico e fatal. A poesia madura de Alexander Blok já está livre dos símbolos místicos e românticos abstratos e adquire a força vital. Muitas ideias da poesia de Alexander Blok tiveram o desenvolvimento na sua dramaturgia. Em 1909 a família Blok é afligida por dois eventos trágicos – morre a sua criança e, mais tarde, o pai de Blok. Para restabelecer-se Blok embarca juntamente com a esposa para descansar na Itália. O verão de 1911 ele passa novamente no estrangeiro, desta vez, na França, mas os seus pensamentos sempre voltam à Rússia.

Recebeu com jubilo a noticia sobre o derrubamento do regime tsarista em fevereiro de 1917 e foi um dos redatores do relatório estenográfico da “Comissão extraordinária de inquérito da atividade dos antigos ministros do tsar”. A revolução resultou na ascensão das forças criadoras de Blok. Escreveu naquela época: “Nós, os russos, vivemos uma época que não tem iguais quanto à sua magnitude...”

Em 1918 ele escreveu o poema “Os doze”, dedicado à derrocada do mundo antigo e ao seu choque com o mundo novo. A sua poesia “Os escitas”, escrita no mesmo ano, fala da missão histórica da Rússia revolucionária. Neste mesmo tempo começa a acumular-se o cansaço – o poeta descreve o seu estado com as palavras “beberam-me tudo”... Ele sofria de uma grave doença cardiovascular e da asma. Adoeceu gravemente e faleceu em 07 de agosto de 1921. Foi enterrado no cemitério Volkovskoye de São Petersburgo. Ouvir

Extraído do sítio Voz da Rússia

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