5 de fevereiro de 2013

MUSEU CARTOGRÁFICO DO SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO

Foto: Museus do Rio
O Museu Cartográfico do Serviço Geográfico do Exército tem como missão preservar a história da evolução da cartografia no Brasil.

O museu está localizado em um dos berços da cidade do Rio de Janeiro, o Morro da Conceição, instalado em um complexo de edificações sob a guarda do Exército do qual fazem parte o antigo O Palácio Episcopal, a Fortaleza da Conceição e a Casa das Armas.

Este complexo arquitetônico e sítio histórico são o testemunho da estratégia militar portuguesa para a implantação e defesa de suas colônias, assim como do processo de ocupação da cidade do Rio de Janeiro.

O museu apresenta parte importante da história da cartografia brasileira por meio de um acervo que reúne documentos como mapas e objetos como bússolas, lunetas, teodolitos, compassos, etc.

Espaço Físico: prédio, território e entorno

O Museu Cartográfico do Serviço Geográfico do Exército está situado no segundo andar do antigo Palácio Episcopal, prédio histórico que, hoje, faz parte do conjunto arquitetônico da Fortaleza da Conceição, localizado no Morro da Conceição, um dos berços da cidade do Rio de Janeiro. 

O Palácio Episcopal, também conhecido como Palácio da Conceição, localiza-se no bairro da Saúde, vizinho à Fortaleza da Conceição. 

A história do prédio remonta ao ano de 1634 quando é construída a Ermida da Nossa Senhora da Conceição por Miguel Carvalho de Souza, devoto da Santa. Com sua morte, sua viúva, D. Maria Dantas, fez a doação da Igreja e da Chácara à Ordem do Carmo, em 1655, estipulando que ali fosse construído um convento. 

Foram os capuchinhos franceses, no entanto, que construíram, em 1669, no local um pequeno hospício que também servia de abrigo e repouso dos missionários. Com sua expulsão do Brasil, em 1701, a propriedade passou ao Cabido da Câmara.

Em 1702, o novo regente da Sé Episcopal, o Bispo D. Francisco de São Jerônimo, escolhe como moradia o antigo hospício que após as devidas reformas passou a ser chamado de Palácio Episcopal, tornando-se a segunda residência dos bispos da cidade do Rio de Janeiro.

Em 1713 teve início a construção da Fortaleza da Conceição, nos fundos do terreno da Mitra. A Casa de Armas, estrategicamente construída, em 1765, em forma de capela de modo a camuflar seus propósitos de depósito das armas das tropas coloniais. Em suas masmorras estiveram presos famosos na época do Brasil colônia como o inconfidente mineiro, Tomáz Antonio Gonzaga.

A partir de 1917, o Serviço Geográfico Militar, criado em 31 de maio de 1890, passa a ocupar, progressivamente, o complexo da Fortaleza da Conceição.

Em 1923, o Ministério do exército, pensando na expansão da Fortaleza, adquiriu o Palácio Episcopal da Mitra, que estava vazio desde 1905, quando a residência oficial dos bispos do Rio de Janeiro passou a ser o Palácio São Joaquim, construído em 1918, no bairro da Glória. Os restos mortais dos prelados lá enterrados foram transferidos para a Igreja Matriz do Carmo.

Com a regulamentação das atividades da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército, em 1946, a mesma passou a ocupar as instalações do antigo Palácio Episcopal da Conceição, até ser transferida para o Quartel General do Exército, em Brasília, em 1972. Hoje, o prédio é a sede da 5ª Divisão de Levantamento General Alfredo Vidal - 5ª DL.

O prédio do antigo Palácio Episcopal foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, em 24-5-1938, e inscrito no Livro de Belas Artes, sob o nº 104, e Livro Histórico, sob o nº 060, sob a seguinte descrição:

“Entre 1943 e 1949, foram realizadas obras de restauração e adequação do prédio às suas novas funções. O Palácio Episcopal, construção em pedra e cal, com partes em pau a pique, destaca-se na paisagem, sendo sua composição predominantemente horizontal. Desenvolve-se em dois pavimentos, possuindo cunhais e ombreiras em cantaria, vãos regulares, com vergas coroadas com molduras de massa. A fachada principal é bem marcada por esta horizontalidade e regularidade de vãos, com renque de janelas no térreo e balcões com guarda corpos em ferro no sobrado, bem ao gosto neoclássico. À frente da construção estende-se adro elevado em cantaria com guarda-corpo de ferro”.

Instituição: trajetória e natureza jurídica

O Museu Cartográfico do Serviço Geográfico do Exército está vinculado a 5ª Divisão de Levantamento General Alfredo Vidal, Organização Militar subordinada à Diretoria de Serviço Geográfico, órgão pertencente à Secretaria de Tecnologia da Informação.


O museu foi criado em 1977 após a instalação do Centro de Operações Cartográficas – COC, na 5ª. Divisão de Levantamento. Anteriormente o local era ocupado pela Diretoria de Serviços Geográficos (DSG), transferida para Brasília.

A 5ª DL tem como missão a produção e o suprimento de documentos cartográficos na Região Sudeste do Brasil. Além disso, abriga o laboratório fotográfico, o parque de manutenção mecânico, eletrônico e óptico da DSG, suprindo as outras OMDS nessas áreas.

Em função de seu passado de pioneirismo, a 5ª DL recebeu a denominação histórica de “Divisão de Levantamento General Alfredo Vidal”, como justa homenagem ao fundador do Serviço Geográfico do Exército (Portaria Ministerial nº 145, de 14 de março de 1995).

Extraído do sítio Museus do Rio

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