4 de fevereiro de 2013

POR TERRA E NA ÁGUA, MULTIDÃO PARTICIPA DE PROCISSÃO EM PORTO ALEGRE


Procissão reuniu milhares em Porto Alegre. Crédito: André Ávila

A emoção marcou a 138ª Festa de Nossa Senhora de Navegantes em procissões pelas ruas de Porto Alegre e pelas águas do Guaíba. Apesar das altas temperaturas nas primeiras horas da manhã de sábado, milhares de fiéis participaram dessa que é uma das maiores festas religiosas do país e o primeiro patrimônio imaterial da Capital. A tragédia de Santa Maria, ocorrida no último domingo, foi lembrada pelas autoridades. O prefeito José Fortunati destacou que a celebração neste ano tem um significado diferenciado por representar o sétimo dia da morte de 236 jovens. “É um momento de solidariedade, esperança e força”, disse ele, pouco antes do início da procissão.

Em uma foto, a homenagem da Brigada Militar à aluna soldado Juliana Moro Medeiros, 21 anos, que morreu na tragédia de Santa Maria. A procissão saiu do Santuário de Nossa Senhora do Rosário, na rua Vigário José Inácio, no Centro, e seguiu até o Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes, junto à ponte do Guaíba, na avenida Sertório, totalizando um percurso de 5 quilômetros. Um dos momentos mais emocionantes foi quando a imagem cruzou próximo à Estação Rodoviária, sendo recepcionada por uma “chuva” de papel picado. 

O Arcebispo Metropolitano, Dom Dadeus Grings, disse que este é um momento de fé diferenciado por se tratar de Nossa Senhora que, “como mãe, ama e protege os seus filhos”. Segundo ele, a celebração religiosa foi em solidariedade às famílias das vítimas de Santa Maria. Pelas águas também ocorreram homenagens. A procissão fluvial reuniu cerca de 150 embarcações, que partiram da Prainha do Gasômetro e do pier da ilha da Pintada, se deslocando até o vão móvel.

Pensamento ecológico na procissão


O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) empregou 65 servidores na varrição e coleta durante a procissão para garantir a limpeza da avenida Castelo Branco e o entorno da Igreja dos Navegantes. A limpeza começou antes das cerimônias. Um grupo de 20 garis seguiu atrás da procissão até a rua Ramiro Barcelos de onde outros 45 prosseguiram a limpeza até a Igreja, no bairro Navegantes, com apoio logístico de dois caminhões, um ônibus e um carro.

A Irmandade de Nossa Senhora dos Navegantes, responsável pela organização do evento, revelou que a festa religiosa deste ano levou em conta a “sustentabilidade ambiental”. A tradicional queima de fogos durante o festejo foi cancelada e as lâmpadas utilizadas no Complexo Navegantes foram substituídas pelas ecologicamente corretas. Não houve programação de shows, em respeito às vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria.

Extraído do sítio Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados. Não serão mais publicados os de anônimos.