19 de março de 2013

AUTENTICIDADE DE AUTORETRATO DE REMBRANDT É CONFIRMADA POR FUNDAÇÃO BRITÂNICA

Detalhe de autorretrato de Rembrandt cuja autenticidade foi confirmada. Divulgação/The National Trust

Um autorretrato do pintor holandês Rembrandt, que até então era considerado como uma obra de seu aluno, foi identificado como verdadeiro hoje pela fundação britânica The National Trust.

Com a autenticidade comprovada, a tela foi avaliada em 23 milhões de euros (R$ 59 milhões). A fundação, que se encarrega da preservação de obras e artísticas e do patrimônio do Reino Unido, recebeu o quadro em 2010 como parte do espólio da esposa de um colecionador de arte.

Ernst van de Wetering, especialista na obra de Rembrandt mundialmente conhecido, foi o responsável pela identificação do quadro e afirmou que o autorretrato foi, de fato, assinado pelo pintor holandês em 1635 quando ele tinha 29 anos. No quadro, Rembrandt aparece portando uma capa de veludo preta e um chapéu com plumas.

Em 1968, Horst Gerson, outro especialista em Rembrandt, havia declarado que a tela tinha sido pintada, provavelmente, por um de seus alunos. A mesma conclusão foi obtida por um estudo do Rembrandt Research Project também nos anos 60.

O especialista van de Wetering, que afirma que a tela é uma obra verdadeira do mestre da pintura holandesa, justifica esse novo parecer: “Nos últimos 45 anos, adquirimos mais conhecimento sobre os autorretratos de Rembrandt e sobre suas diferentes variações de estilo”, avaliou. O curador do National Trust, David Taylor, comemorou a descoberta: “[Esse quadro] é uma das nossas obras de arte mais importantes e é o único Rembrandt da nossa coleção que tem mais de 13.500 quadros”, disse.

O quadro já pertenceu a vários membros da realeza de Liechtenstein. Desde 2010, ele está em exposição na abadia de Buckland no sudoeste da Inglaterra. Ele deverá permanecer até o final deste ano em exposição neste local. Depois, ele passará por uma limpeza e por uma análise aprofundada, que inclui radiografias, para identificar os pigmentos usados na obra. Apesar de ser cotado em 23 milhões de euros (R$ 59 milhões), a fundação afirma que o quadro jamais será vendido, pois ele pertence ao patrimônio público. 

Extraído do sítio RFI

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