8 de março de 2013

NÃO SÓ DE PAULO COELHO VIVE A LITERATURA BRASILEIRA NO EXTERIOR - Luciana Sodré de Sousa

Com 110 milhões de livros vendidos em mais de 150 países, Paulo Coelho, é um dos principais representantes da literatura brasileira no exterior. Mas não é o único, como muitos acreditam. De acordo com o mapeamento organizado pelo projeto Conexões Itaú Cultural em 2009, é possível encontrar traduções de 192 escritores brasileiros fora do país. Entre os mais vendidos, Machado de Assis, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e, Jorge Amado, que teve a sua obra traduzida para 49 idiomas e publicadas em 55 países, logo após o já citado Paulo Coelho.

Visando a crescente aceitação dos nossos autores por leitores de outros idiomas, um dos maiores encontros do setor editorial do mundo, a “Feira de Frankufurt” , nomeou o Brasil convidado de honra da próxima edição do evento que acontecerá em 2013. Serão realizadas palestras e conversas com os autores Andrea Del Fuego, Michel Laub, Alberto Mussa, Luiz Ruffato, Cristovão Tezza, entre outros. Além do destaque à literatura tupiniquim, o escritor e tradutor brasileiro Milton Hatoum será homenageado durante o evento.


Ao encontro desta iniciativa, o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, anunciou a liberação de uma verba no valor de R$12 milhões destinados a editoras interessada em traduzir e publicar livros brasileiros fora do país. De acordo com Amorim, o objetivo de 250 obras deve ser alcançado até 2013, para que sejam expostas durante a feira que acontecerá na Alemanha. Cerca de 30 “bolsas traduções” já foram liberadas desde o anúncio do projeto durante a Feira Literária de Paraty de 2012.

“Agora cabe aos editores, aos agentes literários e aos autores, motivar uma demanda por parte dos editores de outros países, pelos recursos que o ministério esta proporcionando através desse programa”, afirmou Roberto Feith, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros.

Apesar dos incentivos (mesmo que tímidos), de acordo com a professora de cultura e literatura brasileira na França Rita Oliviere Godet, esses projetos são necessário, mas inúteis caso o Brasil não alcance espaço e visibilidade fora do país. Segundo Rita, os princípios básicos para a divulgação e promoção da literatura brasileira no exterior, além do incentivo à tradução, seriam bolsas para que escritores brasileiros estudem em outros países. Desta forma, através da vivência e troca de informações com estudantes e autores de outras nacionalidades, a introdução da cultura brasileira em países de idiomas diferentes seria mais facilmente alcançada.

Extraído do sítio Momento Online

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