27 de março de 2013

PARA ONDE VAI O LIXO ELETRÔNICO DE PORTO ALEGRE? - Roberto Tavares


Ainda não existem dados oficiais sobre a realidade do lixo eletrônico (e-lixo) em Porto Alegre. O próprio Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) não tem dados sobre o que a cidade oferta como e-lixo misturado com lixo comum. A responsável pelo setor no DMLU, Marisa Reis, sabe apenas que a demanda é pequena e que, quando o lixo eletrônico é misturado ao comum, vai para a vala comum. No entanto, o DMLU oferece cinco locais para destinação de e-lixo.

Na categoria de lixo eletrônico, se enquadram celulares, impressoras, computadores e eletrodomésticos. No mundo, são produzidas mais de 50 milhões de toneladas/ano. As projeções são desalentadoras, considerando-se que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o volume deve triplicar, até o final do próximo ano. O mercado interno brasileiro de eletrônicos está em franco crescimento no Brasil. 

O presidente do Sindicato das Empresas de Informática do RS (Seprorgs), Edgar Serrano, diz que as facilidades de crédito e a constante evolução do sistema que gera rápida caducidade dos equipamentos existentes farão o problema crescer cada vez mais.

Segundo pesquisa do Programa Ambiental das Nações Unidas (Unep), a nação que produz maior quantidade desse lixo são os Estados Unidos, com 3 milhões de toneladas/ano e a Europa seria responsável por um quarto do total produzido mundialmente. Nos países emergentes, a China é o segundo maior produtor de lixo eletrônico do mundo, com 2,3 milhões de toneladas/ano. Segundo a ONU, as nações em desenvolvimento não fazem a destinação correta.

O Brasil é apontado como o país emergente com a maior média per capita de produção de lixo eletrônico, estimada anualmente em 500 gramas por pessoa. Só de computadores, mais de 100 mil toneladas são descartadas anualmente no país, volume que perde somente para o da China, com 300 mil toneladas/ano. Estima-se que o Brasil descarte também 137 mil toneladas de televisores, 17,2 mil toneladas de impressoras, 115 mil toneladas de geladeiras e 2,2 mil toneladas de celulares.

O e-lixo pode ser entregue também na Procempa, onde é recebido, armazenado e encaminhado à empresa especializada em reciclagem. O diretor técnico da Procempa, Zilmino Tartari, explica que a prefeitura, através da Secretaria de Inovação e Tecnologia e da Procempa, já realizou três feiras para recolher este tipo de lixo. A primeira, em junho de 2010, coletou 14 mil toneladas. A segunda, em setembro de 2011, arrecadou 25 mil toneladas e, a terceira, em 30 de junho de 2012, somou 35 mil toneladas. As feiras funcionam no sistema drive-thru e a Procempa tem um convênio com a empresa Furukawa, para onde envia cabeamentos de cobre. Para cada 150 quilos enviados, a empresa devolve 350 metros de cabos destinados às instalações de computadores em escolas.

Onde entregar:* Capatazia do Gasômetro (avenida João Goulart, 158)* Seção Norte (Travessa Carmen, 111)* Procempa (avenida Ipiranga, 1200)* Capatazia da Glória (rua Carvalho de Freitas, 1012) 

Extraído do sítio Portal Vitrine

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