22 de maio de 2013

MOSCOU: FOI DADA A LARGADA PARA A CULTURA DA BICICLETA - Vladimir Kozlov

Locais onde ciclistas podem circular com segurança e conforto pela capital são, porém, poucos e distantes uns dos outros.

Locais onde ciclistas podem circular com segurança e conforto pela capital são, porém, poucos e distantes uns dos outros Foto: RIA Nóvosti
O governo tem planos de criar, em Moscou, três ciclovias ligando diferentes bairros da cidade, além de 2 mil bicicletários. No ano passado, uma ciclovia de 7,5 km de extensão foi construída na avenida Vernádskogo, no sudoeste moscovita, conectando os prédios da Universidade Estatal de Moscou e os alojamentos estudantis. Ao longo do trajeto, existem 12 estacionamentos com capacidade total para 216 bicicletas.

Segundo afirmou o vice-prefeito de Moscou para assuntos de habitação e bem-estar, Piotr Biriukov, à agência de notícias RIA Nóvosti, o Distrito Administrativo Central está projetando 23 km de ciclovias, enquanto outros 11,3 km deverão ser entregues já em 2013.

Protestos

Os moradores da cidade e a comunidade de ciclistas, porém, não apoiam unanimemente as iniciativas do governo. 

“Não entendo por que o Distrito Administrativo Central escolheu aquele projeto-piloto [para estacionamento de bicicletas], em vez de algo mais periférico, em um bairro de bicicletas como o Distrito Administrativo Oeste ou de Zelionograd”, disse ao jornal “Moscow Times” o presidente do movimentos de ciclistas “Rusvelos”, Piotr Dvoriánkin. 

Enquanto isso, a construção de uma ciclovia na floresta de Bíttsevski, próxima à estação de metrô de Beliaievo, desencadeou um protesto dos moradores locais no verão passado, que ficaram chocados com os buracos deixados pelos postes e árvores arrancadas ali.

Projeto ambicioso

O projeto original para a instalação da ciclovia foi abandonado. Apesar disso, um amplo e ambicioso plano para a mesma área está sendo executado pelo empresário Dmítri Ugriomov e pelo arquiteto Aleksandr Perov.

O ‘Velopoliten’ (uma combinação das palavras russas ‘bicicleta’ e ‘metrô’) foi apresentado pela primeira vez em meados do ano passado, e é composto por tubos que seriam atrelados ao muro de arrimo acima das margens do rio Moscou. Segundo o projeto, os tubos abrigariam pistas em ambos os sentidos, além de uma via para pedestres e cadeiras de rodas.

Uma empresa de construção civil especializada em travessias de pedestres estima o custo do projeto em US$ 643 mil para cada 100 metros. “Para elaborar o projeto precisamos de verba, e não há patrocinadores no momento. Sem o apoio das autoridades de Moscou, também não seria possível obter as autorizações necessárias”, explicam os idealizadores. 

Propostas dos ciclistas

De acordo com Dvoriánkin, a recente criação de um grupo de especialistas, que inclui ciclistas, pelo Departamento de Transportes de Moscou é um bom sinal, mas seus pontos de vista nem sempre são levados em consideração.

Os ciclistas têm sugerido um sistema de bicicletários no interior de prédios e pátios. Outro problema destacado é que as decisões sobre a construção de novas ciclovias devem ser implementadas em nível municipal. Além disso, segundo eles, as regras de trânsito devem ser ajustadas tendo em conta os interesses dos ciclistas.

Milhões de passageiros utilizaram os trens regionais moscovitas em 2012. Esse número deve dobrar até 2020.

Quilômetros de trilhos para bondes serão construídos até 2030.

Milhões de passageiros utilizam o metrô moscovita diariamente, o que lhe confere o recorde mundial de uso.

Extraído do sítio Gazeta Russa

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