2 de junho de 2013

RÚSSIA LIDERA RANKING DOS IMPORTADORES DO VINHO BRASILEIRO

O volume total de vinhos e espumantes exportado em 2012 foi de 6.160.985 litros. Foto: Wines of Brasil, Divulgação

Otimismo é a palavra que define o que se espera dos vinhos finos brasileiros no exterior. Se aqui beber um rótulo estrangeiro é, para muitos, sinal de sofisticação, o contrário também está se tornando verdadeiro. Em 2016, o Brasil deve dobrar o volume de garrafas de vinhos finos exportadas em 2012, de acordo com o Wines of Brasil, projeto de promoção do setor realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

O volume total de vinhos e espumantes exportado em 2012, que inclui os de mesa, vendidos a granel e com menor valor agregado, e os finos, engarrafados e selados por marcas brasileiras, foi de 6.160.985 litros. O País recebeu US$ 6,8 bilhões no ano, 51% a mais do que em 2011, quando o total de vinho comercializado lá fora resultou em US$ 4,5 bilhões. A Rússia é o primeiro no ranking dos 43 países que importam o produto brasileiro, consumidora de 30% do valor total exportado em 2012. Tanto vinho, contudo, é vendido a granel, a US$ 0,46 o litro.

Só a exportação de engarrafados, provenientes de 25 vinícolas brasileiras integrantes do Wines of Brasil, cresceu 6% no mesmo período, totalizando US$ 4,6 bilhões em 2012. O valor representa 59% da meta de exportações para o ano. A China foi a principal importadora, com 13% do mercado, a US$ 8,49 por litro, números mais prósperos que os de 2011. Completam o raking, Holanda (12%), Reino Unido (8%) e Estados Unidos (7%). Nesses países, o litro de vinho fino é vendido a em média US$ 4.

De acordo com a diretora de promoção do Ibravin, Andreia Gentilini Milan, a grande exposição do Brasil devido à Copa do Mundo e à Olimpíada de 2016 será um dos chamarizes para elevar as vendas do vinho fino brasileiro no exterior. "Até 2012, o Brasil era o País do futuro, mas a partir deste ano os grandes compradores de vinhos no mundo já estão olhando para cá", diz Andreia. Os países estratégicos para a promoção do vinho brasileiro são, prioritariamente, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos; Canadá; Suécia, Polônia e Holanda; e China, onde são vendidos os vinhos brasileiros mais caros. O que faz o mundo voltar seus olhares para o Brasil são os espumantes, mas os tintos ainda são os mais consumidos lá fora.

Conforme o enólogo Christian Bernardi, diretor da Associação Brasileira de Enologia (ABE), a qualidade dos rótulos exportados é consequência da combinação de investimentos em inovações tecnológicas com a colheita manual em vinícolas instaladas ainda, em sua maioria, em pequenas propriedades. "A base da forma de fazer o vinho, a fermentação do suco da uva, não mudou. O que mudou foram os recursos para aprimorar o processo, que vão desde equipamentos que controlam a temperatura e a pressão até os que garantem estabilidade genética da planta", diz. Sommeliers e críticos especializados vêm aprovando as técnicas e seu resultado, mas o que se espera é atingir cada vez mais o grande público.

Extraído do sítio Terra

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