22 de agosto de 2013

ESCRITOR PORTUGUÊS FALA SOBRE LÓGICA ENTRE LITERATURA, CULTURA E A REALIDADE - Fernanda Regina


Foz do Iguaçu teve uma pequena mostra de como serão os 10 dias da 9ª Feira Internacional do Livro. Com casa cheia, a Fundação Cultural apresentou na noite de terça-feira (20) o lançamento do evento com a presença do escritor português Gonçalo M. Tavares.

O lançamento contou ainda com a presença de autoridades do setor cultural de das entidades envolvidas com a feira. Para a vice-prefeita de Foz, Ivone Barofaldi o evento é motivo de alegria para a administração municipal. “Teremos dez dias para apreciar livros. É uma oportunidade maravilhosa”.

Entre os diferenciais da edição 2013 da Feira do Livro é a participação de todas as universidades que existem na cidade. O assistente da direção geral da Itaipu Binacional, Paulino Motter destacou a importância da integração. “Nosso desejo é que a feira integre ainda mais as universidades de Foz do Iguaçu”. 

O presidente da Fundação Cultural de Foz, Alexandre Freire ressaltou o trabalho da coordenadora da Feira, Arinha Rocha na busca pela presença das entidades educacionais. “Estamos honrados com este lançamento. Gostaria de agradecer a equipe, que desdobrou para dar continuidade a este evento tão importante, mas também trabalhoso”, disse Freire.

Após a fala das autoridades teve início a atração especial da noite: o diálogo com escritor português Gonçalo M. Tavares, considerado pela crítica um dos principais expoentes da literatura europeia na atualidade.

A presença do autor foi promovida pela Fundação Cultural em parceria com o Instituto Polo Iguassu, dentro do projeto Diálogos da Fronteira. Na palestra Livros, Cultura e Poder, Tavares traçou um paralelo entre a sociedade e a literatura, falou sobre seus livros e a necessidade de cultura entre as pessoas.

O diálogo foi mediado pelo jornalista Mário Hélio Gomes. “Já tem quase tantos livros quanto os anos de vida. Em suas obras vemos o poder da imaginação, com a originalidade e o método na escolha dos elementos”, apontou.


A lógica entre literatura, cultura e a realidade

“Escrever bem é escrever com lucidez”. Assim respondeu o escritor português Gonçalo M. Tavares ao ser questionado sobre o que seria “escrever bem”. Durante o lançamento da 9ª edição da Feira Internacional do Livro, realizada ontem (terça, 20) no auditório da Fundação Cultural, em Foz do Iguaçu.

O autor, que já recebeu os mais importantes prêmios da literatura em língua portuguesa e foi elogiado por José Saramago, revelou que utiliza imaginação sem deixar de lado a realidade. “No século 21, não podemos escrever como se o holocausto não tivesse existido, por exemplo”.

Para ele, o consumo da cultura e a amplitude da imaginação são elementos necessários para que se compreenda os fatos sociais em que estamos inseridos, a partir do momento em que se desenvolve a inteligência. “Deveríamos ter como obrigação chegar ao final do dia sendo mais sensatos, mais inteligentes. A leitura de um bom livro é um caminho para isso”. 

Durante sua apresentação o autor leu trechos de alguns de seus livros e respondeu questionamentos da plateia. Gonçalo revelou que considera Clarice Lispector como a mais importante autora brasileira. Formado em Filosofia ele ainda, apontou como inspiração a racionalidade da Matemática – uma de suas paixões.

Extraído do sítio h2foz

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