31 de janeiro de 2013

A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E O ADIAMENTO DO ACORDO ORTOGRÁFICO


A prorrogação da transição para o Acordo Ortográfico no Brasil foi tema de nota oficial da Academia Brasileira de Letras: “Só nos resta lamentar esse retrocesso”.

O adiamento da entrada plena em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil pareceu, em um primeiro momento, ter frustrado as expectativas da Academia Brasileira de Letras (ABL) – que tem um projeto para expandir o ensino da Língua Portuguesa no mundo e para lançá-la como uma das línguas de trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) e de outros organismos internacionais.

Na primeira reunião da Academia em 2013 – ocorrida no último dia 23, em sua sede no Rio de Janeiro –, o órgão emitiu nota oficial em que lamenta o decreto presidencial que determinou a prorrogação da transição do Acordo Ortográfico até janeiro de 2016.

Para a Academia, tal medida constitui-se como um “retrocesso”. Mas trata-se apenas de mais três anos de coexistência entre as duas normas ortográficas – a brasileira antiga, em vigor desde 1943, e a nova, lusófona, do Acordo de 1990. Depois, as regras de união do Acordo serão obrigatórias tanto no Brasil quanto em Portugal a partir de 2016.

Segue abaixo, a nota da Academia Brasileira de Letras na íntegra sobre o assunto:


A ABL e o adiamento do Acordo Ortográfico 

Nas últimas horas de dezembro, quando o ano de 2012 estava terminando, o governo surpreendeu o país com a decisão de adiar para 2016 a entrada em vigor do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Só nos resta lamentar esse retrocesso – como observou o acadêmico Arnaldo Niskier em recente artigo.

Nos primeiros dias de 2013, tão logo a obrigatoriedade da unificação ortográfica passasse a vigorar plenamente, a Academia Brasileira de Letras pretendia iniciar um amplo movimento para que o idioma fosse adotado como Língua de trabalho oficial na ONU e outros organismos internacionais. Não haveria mais desculpas para que os fóruns oficiais de política exterior continuassem a passar ao largo de um idioma de mais de 260 milhões de falantes, a pretexto das discrepâncias de grafia entre os países que compõem seu universo. Consequência lógica da simplificação da escrita consagrada no Acordo seria um reconhecimento da crescente importância da Lusofonia no cenário internacional e o coroamento natural de um longo processo, amadurecido sem qualquer açodamento.

Convém recapitular suas principais etapas. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em 1990. Uma criança então nascida já seria hoje um cidadão adulto. No decorrer do extenso período de debates e discussões internas e externas sobre os problemas e as diferentes propostas dessa unificação, tal Acordo foi dissecado por especialistas, aprovado pelo Congresso de diferentes países, sancionado por chefes de Estado. Finalmente, o Presidente Lula firmou em 2008 um documento decretando que a partir de 1º. de janeiro de 2013 o Acordo entraria definitivamente em vigor no Brasil.

O país a ele aderiu sem traumas e com entusiasmo, desde esse momento em 2008, mesmo sem ser obrigatório e sem que houvesse chegado o final do prazo. Imediatamente, jornais, revistas e livros passaram a segui-lo. Há quatro anos, nossas crianças estão sendo alfabetizadas com o uso dessa grafia e lendo livros e revistinhas que seguem essa orientação. Centenas de concursos públicos o adotaram, inclusive o ENEM [Exame Nacional do Ensino Médio, do Ministério da Educação do Brasil]. Nossas 200.000 escolas o aceitaram – incluindo as do interior – e o fato pode ser atestado na Olimpíada de Língua Portuguesa.

A Academia Brasileira de Letras, por decreto presidencial de 1972, como lembra Niskier, tem, entre nós, “as prerrogativas de ser a última palavra em matéria de grafia”. Ao longo de todos esses anos, jamais negou sua colaboração à sociedade, mas sempre procurou ouvi-la amplamente. O acadêmico Antonio Houaiss (1915-1999), filólogo respeitado no mundo inteiro, dedicou intensos esforços e grande parte de sua vida à cuidadosa construção dessa obra delicada, até ela poder ser amplamente aceita. Seu trabalho foi continuado pelo acadêmico Evanildo Bechara, com idêntica dedicação.

Ao longo desse processo, houve bastante tempo e oportunidade para que os descontentes se manifestassem. É uma pena que tenham deixado para forçar um adiamento unilateral nas últimas horas do prazo. Nem há o que comentar, os fatos falam por si. Só resta mesmo lamentar. 

Academia Brasileira de Letras - Janeiro de 2013

Extraído do sítio Ventos da Lusofonia

A VODKA RUSSA FESTEJA SEU ANIVERSÁRIO - Mikhail Aristov

© Flickr.com/maksskam/cc-by-nc

Em 31 de janeiro, na Rússia comemora-se uma festa não oficial, o aniversário da vodka russa. Neste mesmo dia no ano de 1865, o cientista de renome mundial Dmitri Mendeleev defendeu sua tese de doutorado intitulada “Sobre a combinação de álcool com água”. Ele alcançou encontrar aquela proporção ideal, graças à qual apareceu a lendária bebida com um teor alcoólico de 40 %.

Pelo mundo vaga uma opinião de que o grande químico teria comprovado por via experimental, à custa de sua própria saúde, que a vodka genuína tem de ser de quarenta por cento. No entanto, é apenas uma lenda. O tratado do cientista russo não visou investigar os efeitos das combinações de álcool e água sobre o organismo humano. O estudo de Mendeleev se posicionava exclusivamente no âmbito de Metrologia. Mas aconteceu algo muito similar a descobertas de outros cientistas: indivíduos engenhosos fizeram com que a teoria científica passasse para o plano de mera praxis. Tomando em consideração o sucesso ribombante da bebida de quarenta por cento, em 1894 o governo russo patenteou a mesma, sob a denominação de “Moskovskaia Ossobaia” (Especial de Moscou), como a vodka nacional russa.


Historiadores afirmam que a bebida aparecera na Rússia cinco séculos mais cedo, quando ainda não se sabia medir teores percentuais. Eis aqui um relato de Evgueni Gerasimov, colaborador do Museu da Vodka Russa em Moscou:

“A história da vodka russa remonta ao longínquo século XIV, quando mercadores europeus trouxeram para a Rússia uma bebida a que eles chamaram spiritus vini (espírito do vinho). Na Rússia de então não houve bebidas mais fortes que a chamada medovukha (bebida feita de mel), com um teor alcoólico mais ou menos equiparável com a cerveja moderna, isto é, de quatro a sete por cento. Portanto, nossos antecessores decidiram fazer algo similar à bebida europeia, mas a Rússia não dispunha de vinhedos em proporções necessárias. Foi justamente por isso que escolheram cereais como matéria-prima. O principal ingrediente foi o centeio que naquela época só se cultivava na Rússia”.

Já em 1505, foi registrado o fato de exportação da aguardente russo produzido à base de cereais para a vizinha Suécia. E mais tarde, para outros países. Data exata do aparecimento da denominação “vodka” é desconhecida. Mas em meados do século XVIII este vocábulo já constou em um dos decretos oficiais da imperatriz Elizaveta (Isabel). É curioso que em 1977 a Polônia planejou disputar à Rússia sua prioridade em matéria de autoria da vodka. No entanto, o historiador Vilhiam Pokhliobkin conseguiu encontrar em arquivos provas incontestáveis da prioridade russa e, a raíz dessas provas, a corte internacional de arbitragem declinou a demanda polaca. Foi na altura quando nasceu o slogan comercial: “A genuína vodka provém só da Rússia”.

Contudo, o nome identificador “Russkaia Vodka” (Vodka Russa), enquanto marca independente, hoje em dia não existe, comenta Daria Pichuguina, analista da companhia Investcafé:

“Todos os produtores russos aspiram entrar em mercados internacionais elaborando para tal, marcas especiais. Merece mencionar, por exemplo, a Beluga e a Russki Standart (Padrão Russo). Na Rússia não há um só produtor forte que possa suplantar os demais. É de conhecimento geral que entre as próprias marcas russas se está travando uma concorrência feroz. A vodka russa em si é um conceito tão diluído que não se pode converter em uma marca exclusivamente íntegra, como uísque, ou Schnaps, ou aí por diante. A vodka é mais internacional que todas essas bebidas”.

Para sermos plenamente objetivos, é preciso acrescentar que na Rússia o teor alcoólico de quarenta por cento não chegou a ser um dogma para todas as vodkas. Tradicionalmente, no país se fabricam diversas versões: de 38, 45, 56 e ainda mais pontos percentuais. O essencial que se tem de saber no convívio com esta bebida lendária, é o senso de medida.

Extraído do sítio Voz da Rússia

LITERATURA BRITÂNICA RENDE-SE A HILARY MANTEL - Alexandre Costa

Hilary Mantel tornou-se ontem à noite a primeira escritora a receber os dois conceituados prémios britânicos Costa Book e Man Booker. 

ANDREW WINNING/REUTERS

O presidente do júri declarou ontem à noite na cerimónia da entrega do prémio Livro do Ano Costa Book que a escolha de "Bring Up the Bodies", de Hilary Mantel, foi unânime e demorou menos de uma hora a ser feita, pois o romance distinguia-se dos outros quatro concorrentes.

A entrega do prémio, com o valor pecuniário de 35 mil euros, ocorre apenas três meses depois da autora ter sido contemplada pela mesma obra com outros dos maiores prémios literário de britânicos, o Man Booker e o National Book Award.

"Não vou pedir desculpas (por estar a receber os prémios todos). Não lamento, estou feliz e vou tratar de escrever mais livros que valham mais prémios", ironizou Hilary Mantel, no palco, após ter recebido ontem o prémio Costa Book, com o romance que surge em continuação de "Wolf Hall", que será editado este ano em Portugal pela Civilização.

A escolha do livro do ano foi efetuada entre as cinco obras que haviam sido contempladas com os prémios Costa.

Mulheres conquistaram todos os prémios Costa

Pela primeira vez na história dos prémios Costa, todas as cinco categorias - romance, romance de estreia, biografia, poesia e literatura para crianças - foram conquistadas por mulheres.

O prémio de melhor biografia foi atribuído pela primeira vez a uma novela gráfica, a "Dotter of her father's eyes", de Mary Talbot, com desenho do marido, o autor de BD Bryan Talbot.

"Maggot Moon", escrito e ilustrado por Sally Gardner, venceu o Costa Award de melhor livro para a infância.

A poetisa escocesa Kathleen Jamie venceu na categoria de poesia, com "The Overhaul", enquanto a autora e jornalista Francesca Segal venceu no romance de estreia com "The Innocents".

Extraído do sítio Expresso.pt

MONUMENTOS, PALÁCIOS E MUSEUS TIVERAM 3,1 MILHÕES DE VISITANTES E MENOS 13% DE RECEITAS EM 2012

Os monumentos, museus e palácios nacionais receberam 3,1 milhões de visitantes, em 2012, representando uma quebra de dois por cento em relação a 2011, e menos um milhão de euros de receita, segundo as estatísticas oficiais.

O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, foi o monumento mais visitado PEDRO CUNHA/ARQUIVO

De acordo com dados estatísticos da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a que a agência Lusa teve acesso esta quarta-feira, o número total de visitantes deste universo foi de 3.241.090, em 2011, e de 3.175.585, em 2012, com uma diminuição de 65.505 entradas, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 2%.

A este decréscimo, em 2012, junta-se uma quebra de receitas de 12,9%, o que significa cerca de menos um milhão de euros, segundo a DGPC.

No conjunto destes espaços culturais, os mais visitados estão em Lisboa: o Mosteiro dos Jerónimos, com 694.156 visitantes, seguido da Torre de Belém, com 520.061, e, em terceiro lugar, surge o Mosteiro da Batalha, com 271.912 entradas.

A lista integra o Palácio Nacional de Mafra, como o palácio mais visitado – 235.670 entradas – e, no conjunto de museus, o Museu Nacional dos Coches lidera, com 184.105 entradas, em 2012.

Segundo a DGPC, “a diminuição do número de entradas em monumentos, museus e palácios ficou a dever-se à diminuição do público nacional – menos 6,5% do que em 2011”, com um ligeiro aumento no público estrangeiro, na ordem dos 0,3% (mais 6797 entradas). Ainda segundo a mesma fonte, os monumentos geridos pela DGPC registaram 1.914.774 entradas, os museus 975.076, e os palácios 285.735 entradas.

A descida nas entradas, segundo a direcção-geral, verificou-se nos monumentos e palácios, que decresceram 3,1% e 5,8%, respectivamente. Nos museus, deu-se uma subida de 1,5% (mais 14.282 visitantes). Para esta subida nos museus nacionais, segundo a DGPC, contribuíram as iniciativas realizadas nestes espaços, com destaque para as exposições e as actividades organizadas por ocasião da Noite dos Museus e do Dia Internacional dos Museus, a 17 e 18 de Maio.

Ainda segundo os dados da DGPC, a receita das entradas em monumentos, palácios e museus atingiu 7.134.372,30 euros, em 2012, representando uma diminuição de 12,9% (menos 1.055.672,05 euros do que em 2011).

O público com entrada paga nestas instituições – que já era dominante em 2011 – continua a ser a parcela mais importante no valor global de visitantes em 2012, tendo, porém, diminuído 25.555 (-1,5%).

No tratamento estatístico, a DGPC decidiu não incluir os visitantes do Palácio Nacional de Queluz e do Palácio Nacional de Sintra, por terem passado, em Setembro de 2012, para a gestão da Sociedade Parques de Sintra – Monte da Lua. Nessa linha, para “manter a coerência do universo em análise, estes dois palácios também não foram considerados para [as comparações com] os anos anteriores”.

Extraído do sítio Público.pt

30 de janeiro de 2013

RONALDINHO GAÚCHO VAI PROTAGONIZAR ANIMAÇÃO INDIANA


Depois de brilhar nos campos de futebol tanto no Brasil como na Europa, o jogador Ronaldinho Gaúcho vai estrear, aos 32 anos. O longa que estreia em 2013 levará o nome de "R-10: The Movie" ou "Ronaldinho vs Aliens" seguirá os moldes do sucesso dos anos 90 estrelado por Michael Jordan "Space Jam - O Jogo do Século" e vai misturar atores reais com animação.

A produção bollywoodiana será financiada pela Bala Entertainment International, empresa do milionário indiano Balaji Rao, com quem Ronaldinho se encontrou no final de dezembro para discutir o projeto.

O filme, que será lançado em todo mundo, está previsto para chegar às telonas em 2014. As filmagens devem acontecer em 2013 e Ronaldinho deve participar das gravações no final do mesmo ano, quando estiver de férias. Em princípio, essa situação não irá atrapalhar a sua carreira em campo, durante as competições pelo Atlético Mineiro.

O jogador gaúcho afirma que é uma surpresa começar uma carreira no meio artístico."Uma alegria muito grande, algo que eu nunca havia imaginado quando era pequeno, com tudo o que aconteceu na carreira surgiu esta oportunidade, algo legal, não caiu ainda a ficha, ter um filme de animação com meu personagem, é uma novidade grande."

Além do filme de animação, Ronaldinho participará no mesmo ano de 2013 de um documentário sobre o período em que o jogador veste a camiseta do Atlético. A intenção é mostrar as mudanças no clube e na carreira do atleta. O documentário ainda não tem nome nem data de estréia.

Extraído do sítio RFI

ESTAÇÃO MAIS ANTIGA DE MOSCOU PASSARÁ POR MODERNIZAÇÃO - Aleksandra Gurianova


Reforma da estação de trem Leningrádski será concluída neste ano. Construído em 1849, prédio passou por obras de renovação apenas uma vez em toda sua existência, em 1934.


É esperada já para o primeiro trimestre deste ano a conclusão da primeira fase de reformas da estação de trem Leningrádski, iniciada em setembro de 2012. O prédio receberá ornamentação do século 19, praça de alimentação e butiques de luxo.


Construída em 1849, a estação é a mais antiga da capital russa, e foi inicialmente batizada de “Nikolaiévski”, em homenagem ao então tsar russo Nikolai I.


Após a revolução russa, a estação foi renomeada em 1923 pelos comunistas de “Oktiábrski”, recebendo apenas em 1937 o nome atual, Leningrádski – referente a Leningrad (antigo nome de São Petersburgo), já que ligava Moscou a essa, além de Velíki Nôvgorod, Helsinque e Tallin.


O prédio foi reformado apenas uma vez em toda sua existência, em 1934, quando foram destruídas as câmaras que costumavam receber a família do tsar. A primeira fase de obras será dedicada exclusivamente à restauração do prédio histórico construído no século 19, incluindo esses cômodos.


“A nova moldura e a decoração das câmaras do tsar seguirão à risca a arquitetura original do prédio”, explica Dmítri Pissarenko, porta-voz da Russian Railways (RZhD, na sigla em russo).


Segundo Boris Uborevitch-Borôvski, chefe do escritório de arquitetura “Ub_design”, a reforma é um passo importante para o urbanismo da capital. “Desenvolve-se agora na Rússia a restauração da nossa herança nacional. [A reforma da “Leningrásdki”] torna-se essencial neste momento, já que o prédio da estação é um monumento cultural russo único”, explica Uborevitch-Borôvski.

“É importante considerar também que a estação Leningrádski foi construída concomitantemente a outras duas estações: a Iaroslávski e a Kazánski. Além disso, a estação Leningrádski deve preservar a unidade arquitetônica que tem com a estação Moskóvski [ponto de chegada dos trens da Leningrádski], em São Petersburgo”, completa.

Novidades a vista

Além da restauração, as obras também compreendem a expansão e modernização da estação Leningrádski. Entre as novidades, o piso térreo terá um supermercado e praça de alimentação. Já o topo do prédio deverá ter um restaurante com vista panorâmica.

Uborevitch-Boróvski, porém, indica outros problemas a serem resolvidos no local. “A estação está sobrecarregada na atualidade, e é pouco provável que a expansão ajude a resolver a situação”, diz.

“Existe outro projeto, que prevê a mudança da estação do centro para o subúrbio. Esta seria, obviamente, uma solução mais prática. Nesse caso, o prédio da estação poderia ser transformado em museu de arte”, completa.

Entre outras novidades já garantidas, Dmítri Pissarenko indica a criação de um novo sistema de atendimento aos passageiros e sinalização bilíngue, em russo e inglês.

Extraído do sítio Gazeta Russa

ESCRITOR RUSSO CONCORRE A PRÊMIO INTERNACIONAL BOOKER


O russo Vladimir Sorokin é candidato ao Prêmio Internacional Booker. A honraria foi instituída em 2005 no Reino Unido e é outorgada de dois em dois anos para escritores de outros países. É uma derivação do Prêmio Nacional Booker, concedido, anualmente, a literatos da comunidade britânica.

A cerimônia de anúncio dos premiados acontecerá em 22 de maio, durante jantar solene no Museu de Vitória e Alberto, em Londres. O vencedor receberá 60 mil libras esterlinas de prêmio, aproximadamente R$ 195 mil, e 15 mil libras, ou R$ 49 mil, pela tradução de seu livro para o inglês.

Extraído do sítio Diário da Rússia

EMPRESA ALEMÃ DESENVOLVE MODELO DE BICICLETA QUE BRILHA NO ESCURO COM ENERGIA SOLAR

Iluminação das bicicletas pode ser carregada com luz solar ou artificial. Foto: 8Bar Bikes / Divulgação

Em busca de soluções para garantir mais segurança aos ciclistas, o Laboratório de Pesquisas de Transporte do Reino Unido concluiu que a visibilidade nas estradas é um fator fundamental: se destacar da paisagem habitual, especialmente à noite, facilita o reconhecimento por parte de motoristas, assim diminuindo o número de acidentes. De encontro a essa constatação, uma empresa alemã desenvolveu um modelo de bicicleta que brilha no escuro. As informações são do Daily Mail.

A companhia 8Bar Bikes criou a bicicleta luminosa com pintura fotoluminescente que absorve luz durante o dia e emite brilho no escuro. O produto, que custa cerca de 1,2 mil euros, pode ser carregada com luz natural ou artificial. O efeito luminoso reduz com o passar do tempo.


Outra ideia semelhante envolve o brilho apenas da estrutura principal da bicicleta, sem que as rodas também sejam iluminadas – como é o caso do produto alemão. A Kilo Glow, da Purefix Cycles, sai por um preço bem menor: cerca de 250 euros. (Fonte: Portal Terra)

Extraído do sítio Porto Imagem

MO YAN SE TORNA PROFESSOR DE LITERATURA DE UNIVERSIDADE

O escritor chinês Mo Yan que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura lembrou nesta terça-feira(22) seu desempenho insatisfatório no colégio quando foi empregado por uma universidade em Beijing como professor de literatura.

A Universidade Normal de Beijing realizou nesta terça-feira uma cerimônia para dar boas-vindas e conceder o certificado de emprego para o "aluno Mo". O autor completou o curso de mestrado em literatura e artes em 1991 depois de estudar em um programa de pós-graduação na universidade.

Mo disse que se sentiu "envergonhado" por não ter estudado com afinco na universidade e por ter se graduado graças às notas generosas de seus professores.

"Dei uma olhada nos meus documentos naqueles anos, e asseguro que não são bons registros", disse Mo.

Nascido em uma família de agricultores na Província de Shandong em 1955, Mo frequentou apenas a escola primária e saiu com 11 anos para trabalhar no rebanho de gado, sua incursão na literatura foi criada pelo hábito de leitura desde sua infância.

Mo teve suas obras publicadas a partir de 1981, e em seu trabalho "o realismo alucinatório se funde com narrativas populares, a história e o contemporâneo", de acordo com a menção oficial do Nobel.

O sucesso de Mo em Estocolmo resultou em uma "Mania de Mo" na China. Seus livros passaram a ser os mais vendidos, e sua terra natal, Gaomi, também formulou planos para construir uma vila turística com destaque de cenas descritas em romances de Mo, como Red Sorghum (Sorgo Vermelho).

"Acho que reagimos de forma um pouco exagerada", comentou Mo sobre o Prêmio Nobel de Literatura que ganhou. "Há muitos escritores excelentes na China e no mundo que merecem o prêmio, eu apenas tive mais sorte".

Tong Qingbing, tutor de Mo na universidade, elogiou seu talento na literatura.

"Mo foi humilde dizendo que é apenas um agricultor com dom de contar histórias. De fato, a narração de histórias nunca é simples, e é notável que possa contar histórias de uma forma tão poética", afirmou Tong. (por xinhua)

Extraído do sítio CRI

ARTE E CULTURA DE ANGOLA NA FEIRA DO LIVRO CUBA 2013


A participação de Angola na próxima XXII Feira Internacional do Livro Cuba 2013 permitirá que o país africano difunda sua arte e cultura, afirmou hoje aqui um representante ministerial.O coordenador do Grupo técnico do Ministério de Cultura de Angola, Jorge Gumbe, declarou à Prensa Latina que a Angola agradece por poder participar como convidada de honra do grande acontecimento, devindo em diálogo entre culturas.

Considerou também que a feira contribuirá a fortalecer ainda mais os históricos vínculos de fraternidade entre este país e Cuba, a comunidade latino-americana e caribenha; espaço geográfico para onde foram levados milhares de escravos africanos.

Em referência à presença de Angola na festa cubana do livro, afirmou que Luanda estará presente com diversas manifestações culturais, entre elas literatura, cinema, dança, música, teatro e artes plásticas.

Também foram anunciados seminários e conferências sobre diversos temas.

Destacou que dentro da vasta produção literária, o leitor cubano terá acesso a obras sobre Agostinho Neto (1922-1979), fundador da nação angolana, e um livro de Oscar Ribas sobre Angola.

Também comentou que os visitantes poderão desfrutar de antologias de contos infantis, contos contemporâneos, contos tradicionais e de poesia, junto a novos textos literários de escritores contemporâneos desta terra africana.

Além de exposições de artesanato, na Feira, que acontecerá entre 14 e 24 de fevereiro, se apresentarão espetáculos de dança da Companhia de Dança Contemporânea e o Grupo Cianda Akixi de Lunda Norte, realçou.

Cianda Akixi, fundado em 1954, possui em seu repertório espetáculos excepcionais de dança relacionadas com o grupo cultural Chokwe do nordeste de Angola.

Os entusiastas cubanos de cinema terão acesso a uma mostra retrospectiva do cinema angolano, que inclui filme e documentários, expressou à Prensa Latina Francisco Costa, diretor de intercâmbio Internacional do Ministério de Cultura em Angola.

Costa destacou a colaboração de especialistas cubanos na formação artística de jovens talentos angolanos, em áreas como as artes plásticas e a música, que contribuem com o desenvolvimento cultural desta nação.

Extraído do sítio Agência Prensa Latina

QUANDO MÉDICOS IGNORAM EVIDÊNCIAS - Dr. John Briffa

Por que os médicos ignoram evidencias médicas e não fazem as coisas certas para seus pacientes? Porque, às vezes, vale a pena para eles (Getty Images/Epoch Times)

Nós médicos gostamos de pensar (ou pelo menos alegar) que os tratamentos que recomendamos para os nossos pacientes são “baseados em evidências”. Eu perdi o numero de médicos com quem já conversei que usou este termo como justificativa para o modo com os quais ele tratava seu pacientes.

Está tudo bem, mas é claro que apenas dizer que é baseado em evidencias não significa que esteja. Muitas vezes, a retórica desta expressão não é apoiada pela pesquisa.

Há um bom exemplo disso na edição do dia 11 de julho da Archives of Internal Medicine (Arquivos da Medicina Interna), que refere-se à pratica de implante destent (a inserção de um pequeno tubo, parecido com uma mola, em uma artéria coronária na tentativa de restaurar e manter o suprimento de sangue para o músculo cardíaco).

Stents podem ser inseridos através de um fio de metal, o qual é usualmente inserido num vaso sanguíneo principal localizado na virilha e em seguida enfiado dentro dos vasos ao redor do coração. Os stents são normalmente inseridos após um ataque cardíaco (infarto do miocárdio), e a opinião geral é que o quanto antes ele é inserido, melhor.

Em 2006 foi publicado um estudo que mostrou, como regra, que stents inseridos mais de 24 horas após um ataque cardíaco não traz benefícios para os pacientes, em comparação com os cuidados habituais com o uso de medicamentos.

No ano seguinte, a American Heart Association (Associação Norte Americana do Coração) e grupos similares usaram essa pesquisa como base para aconselhar os médicos a desistirem de inserir stents nos pacientes 24 horas após um ataque cardíaco.

A principal autora do estudo de 2006, Dra. Judith Hochman, seguiu com uma avaliação do impacto de sua pesquisa sobre as práticas médicas e publicou suas descobertas na edição de dezembro de 2006 do NewEngland Journal of Medicine (Periódico de Medicina da Nova Inglaterra).

Analises de quase 30 mil indivíduos internados em cerca de 900 hospitais revelaram que a taxa de inserção de stents parece não ter sido alterada pela pesquisa do Dra. Hochman e diretrizes oficiais.

Uma razão potencial para os médicos não ouvirem o conselho é que eles não estão cientes disso nem da pesquisa que o sustenta. No entanto, dado a natureza de seus trabalhos, as chances dos médicos perderem esta informação é aproximadamente a mesma chance deles não verem um caminhão sendo conduzido no meio da sua sala de estar.

Outra explicação possível é que, embora eles estejam conscientes da pesquisa, eles decidiram ignora-la. Mas por que eles fariam isso?

Outra razão tem a ver com o fato de que nos EUA, os médicos são geralmente pagos por tarefas especificas. O custo do stent é de cerca de 20 mil dólares. Eu não tenho ideia do quanto vai para o médico que realiza o procedimento, mas eu arriscaria um palpite que é em torno de cinco mil dólares.

O procedimento geralmente leva de 30 a 60 minutos. Muitos médicos teriam dificuldades de virar as costas para esse tipo de ganho potencial.

Um ano atrás, o filho de um amigo meu fez uma operação no quadril. O cirurgião com quem ele se consultou fez questão de continuar, mas o meu amigo estava hesitante. Como isso aconteceu, eu conhecia um médico familiarizado com o cirurgião em questão. Liguei para ele e pedi que recomendasse alguém para uma segunda opinião.

Quando lhe disse o nome do cirurgião, ele comentou que não estava surpreso de que a cirurgia tinha sido recomendada. Quando eu perguntei o por quê, ele respondeu que o cirurgião é conhecido como alguém que recomenda cirurgia para todos, quer eles precisem ou não. Ele disse que o cirurgião era um exemplo de um médico que liga mais para negócios do que para medicina.

Eu não tenho problemas com pessoas que ganham a vida, mesmo vivendo bem. A questão é que a forma como os médicos são remunerados pode representar um conflito de interesses que pode comprometer um bom tratamento médico.

Eu não sou contra a medicina privada, mas minha experiência me levou a concluir que ela pode encorajar recomendações de investigações e tratamentos que são difíceis de justificar de uma perspectiva médica.

Por que os médicos ignoram evidencias médicas e não fazem as coisas certas para seus pacientes? Porque, às vezes, vale a pena para eles.

O Dr. John Briffa é médico londrino e escritor com interesse em nutrição e medicina natural. Seu site é DrBriffa.com.

Extraído do sítio The Epoch Times

29 de janeiro de 2013

CIVILIZAÇÃO DE 9 MIL ANOS É ENCONTRADA NA ARÁBIA SAUDITA

Escavações em Al-Maqar, Arábia Saudita, revelam civilização de 9 mil anos (Getty Images/Epoch Times)

Evidências arqueológicas indicam que uma antiga sociedade domesticava animais, incluindo cavalos, há 9 mil anos atrás, 4 mil anos antes do que se pensava anteriormente. A civilização foi desenterrada em Al-Maqar no centro da Arábia Saudita.

Cerca de 80 artefatos foram recolhidos no local conhecido como civilização Al-Maqar, incluindo esqueletos mumificados, ferramentas de fiação e tecelagem, estátuas de animais, como avestruzes, falcões, e um busto de cavalo com um metro de altura. Um cavalo enterrado também foi descoberto.

Ali al-Ghabban, vice-presidente de ‘Antiguidades e Museus’ na ‘Comissão de Turismo e Antiguidades da Arábia Saudita (SCTA)’, disse que estas descobertas desafiam a teoria de que a domesticação de animais ocorreu há 5.500 anos atrás, que se baseia em escavações anteriores na Ásia Central.

“Uma estátua de um animal desta dimensão, que remonta a esse tempo, nunca foi encontrada em qualquer lugar do mundo”, disse Ghabban, de acordo com o Saudi Gazette.

Os restos mortais foram encontrados num vale que antigamente era um rio, perto de Abha, no sudoeste da província de Asir, perto da fronteira com o Yêmen, uma área uma vez conhecida como Arábia Felix.

“As antiguidades provaram que Al-Maqar era, até agora, o lugar mais antigo do mundo, com pessoas interessadas em cavalos”, afirmou um comunicado oficial, acrescentando que os artefatos também mostraram as atividades culturais das pessoas que habitavam a região durante a Idade da Pedra.

Ghabban disse que essas pessoas usavam “métodos de embalsamento totalmente diferentes dos processos conhecidos nos dias de hoje”, reportou o Gazette.

“Esta descoberta irá mudar o nosso conhecimento sobre a domesticação de cavalos e a evolução da cultura no final do período Neolítico”, disse ele.

“A civilização Maqar é uma civilização muito avançada do período Neolítico”, acrescentou. “Este sítio mostra-nos claramente as raízes da domesticação de cavalos há 9 mil anos”.

Ghabban disse que testes de DNA e datação por carbono confirmaram a idade dos artefatos escavados. Uma equipe internacional de arqueólogos publicou um artigo na revista Science em janeiro de 2011, sugerindo que seres humanos estiveram presentes na Península Arábica há 125 mil anos.

Extraído do sítio The Epoch Times

EL PANAMEÑO JAVIER ALVARADO GANÓ EL PREMIO DE POESÍA NICOLÁS GUILLÉN

Con su libro Viaje solar de un tren hacia la noche de Matachín,el escritor panameño Javier Alvarado obtuvo en diciembre pasado el XV Premio Internacional de Poesía Nicolás Guillén, en el que compitió con 750 libros de autores de Venezuela, Colombia, Panamá, Costa Rica, Nicaragua, Guatemala, Honduras, México, Cuba, Puerto Rico y República Dominicana, así como de Estados Unidos, Europa, Sudamérica, África y Asia, donde residen autores de origen caribeño.

El jurado de este concurso - que convocan la Universidad de Quintana Roo, el escritor mexicano Jorge González Durán, la Unión de Escritores y Artistas de Cuba y la revista mexicana Río Hondo - otorgó también mención honorífica al poemario Acotaciones del viajero, del cubano Arístides Valdés Guillermo; y menciones a Rumor nocturno, del colombiano Gustavo Zuluaga, y Loa y diatriba de las 5 piedras, del colombiano Zairo Anillo Martínez.

El jurado de esta edición estuvo compuesto por los poetas mexicanos Meztly Vianey Suárez, Carlos Torres y Ramón Iván Suárez Camaal. El premio lo han ganado con anterioridad seis autores cubanos, cinco mexicanos, dos dominicanos y un colombiano. Entre esos libros se destacan Las sucesivas puertas, de Heriberto Hernández Medina; Desde las islas, de Juan Carlos Mieses; La noche que dura, de Patricia Medina, y De lo que se supone, de Arístides Vega Chapú.

Nacido en 1982 en Santiago de Veraguas, Alvarado cursa actualmente una maestría en teatro en la Universidad de Panamá. Entre sus principales libros publicados figuran Tiempos de vida y muerte, Caminos errabundos y otras ciudades, Poemas para caminar bajo un paraguas, Aquí, todo tu cuerpo escrito, Por ti no pasa nunca el tiempo, No me cubre de edad la primavera, Soy mi desconocido y Carta natal al país de los locos.

Agustín Labrada, organizador del certamen, dijo que Alvarado recibirá 18 mil pesos mexicanos y, en el primer semestre de 2013, la Universidad de Quintana Roo publicará su poemario ganador. Agregó que, con la llegada de 751 libros, el Premio Internacional de Poesía Nicolás Guillén se arraiga como una alternativa sólida a la que están atentos los poetas de la cuenca caribeña que expresan en español sus disímiles mundos.

Extraído do sítio Letralia

BICICLETAS PÚBLICAS CHEGAM A MAIS DE 50 MIL VIAGENS NA CAPITAL

Previsão é que sejam instaladas outras 13 estações, oferecendo mais 130 bicicletas. Foto: Ricardo Giusti/PMPA

A bicicleta faz, cada vez mais, parte do cotidiano de Porto Alegre. Uma das razões são as bicicletas públicas. Desde sua inauguração, no dia 22 de setembro, o sistema BikePoa já alcançou mais de 50 mil viagens. Nesse mesmo período, foram realizados 25,8 mil cadastros no site www.movesamba.com/bikepoa. Atualmente, o sistema BikePoa conta com 17 estações e 170 bicicletas, em diversos pontos da cidade. 

A estação com maior procura de usuários é a Usina do Gasômetro, na sequencia vem a Redenção-Ufrgs e os shoppings Praia de Belas e Barra. A previsão da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) é que sejam instaladas mais 13 estações e 130 bicicletas, totalizando 40 pontos e 400 bicicletas, até abril desse ano. “O sistema de bicletas públicas está sendo um sucesso. Acreditamos que é um dos fatores que está contribuindo para modificar a cultura do trânsito, inserindo a bicicleta como meio de transporte, não só de lazer”, afirmou Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.

Os usuários podem se cadastrar no site do BikePoa (www.movesamba.com/bikepoa), em aplicativos para smartphone (IPhone e Android) ou por celular convencional, via portal de voz, ligando para o fone (51) 4063-7711. O valor do passe mensal é R$ 10 e o diário R$ 5, podendo utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. As viagens devem ser realizadas em até uma hora. Após esse tempo, há um intervalo de 15 minutos para possibilitar outras viagens, com a mesma ou outra bicicleta. O objetivo é dar rotatividade e manter as estações com bicicletas para todos os usuários.

Funcionamento

Habilitação - Para utilizar o sistema de bicicletas públicas de aluguel, o usuário deve informar o número do cartão de crédito. Há três maneiras de habilitar o passe do BikePoa: via celular convencional por portal de voz (fone 51 4063-7711), celular do tipo smartphone (via aplicativos do IpPhone e Android) ou pelo site www.movesamba.com/bikepoa.

Retirada das bicicletas - O usuário poderá retirar as bicicletas das estações de duas maneiras: via celular convencional (portal de voz) ou por smartphones (via aplicativo sistema IPhone e Android).

Locais das Estações do BikePoa

Mercado Público/ Praça da Alfândega/ Casa de Cultura/ Usina do Gasômetro/ Câmara Municipal/ Escola Técnica Parobé/ Casa do Estudante (av. André da Rocha)/ Largo Zumbi dos Palmares/ Redenção-UFRGS/ Região dos Tribunais (av. Aureliano Figueiredo Pinto)/ Shopping Praia de Belas/ Menino Deus (rua José de Alencar)/ Barra Shopping/ Ginásio Tesourinha/ Planetário (av. Ipiranga)/ Terminal Azenha/ Hospital de Clínicas.

Extraído do sítio Portal PMPA

DIETA COM ALIMENTOS DO BRASIL REDUZ RISCO CARDÍACO - Fernanda Basette

A ideia é substituir os alimentos da dieta mediterrânea por ingredientes brasileiros, mais baratos, respeitando as características regionais do país.

Cesta de frutas

São Paulo - A ideia é simples: substituir os alimentos da dieta mediterrânea por ingredientes brasileiros, mais baratos, respeitando as características regionais do País. Foi assim que nasceu a dieta cardioprotetora brasileira, num projeto do Hospital do Coração (HCor) em parceria com o Ministério da Saúde.

Os resultados, publicados em dezembro na revista científica Clinics, são otimistas: mostraram que os pacientes que receberam a dieta adaptada conseguiram perder peso e reduzir os índices de pressão arterial, a glicemia, o triglicérides e o índice de massa corporal (IMC).

Pacientes dos grupos-controle, que receberam a dieta mediterrânea, também melhoraram os índices, mas de maneira menos intensa. Agora a pesquisa será ampliada e realizada em 40 hospitais do Brasil, exclusivamente com pacientes do SUS.

A dieta mediterrânea é reconhecida por seu efeito protetor ao coração. Ela é composta por alimentos típicos de países banhados pelo Mar Mediterrâneo e baseada no alto consumo de peixes, frutas, legumes, cereais e azeite. Também estimula o consumo moderado de vinho.

Como parte desses alimentos é importada e cara para a população em geral, a proposta do ministério ao HCor foi a de criar um cardápio que conseguisse adaptar a dieta mediterrânea aos hábitos alimentares brasileiros, especialmente às pessoas das classes C e D, e testar se essa adaptação promoveria o mesmo efeito cardioprotetor.

"Essa é uma dieta direcionada para um público mais vulnerável, por isso precisava de uma abordagem especial. A gente espera aumentar a adesão por ser financeiramente mais acessível, já que valoriza alimentos regionais", diz Eduardo Fernandes Nilson, coordenador-substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

A equipe de nutricionistas do HCor adaptou mais de cem receitas à realidade brasileira: salmão e atum foram trocados por pescada e sardinha; azeite extravirgem por óleo de soja; nozes por castanhas do Pará; queijo branco no lugar do amarelo; e leite desnatado em vez de integral.

Bandeira do Brasil

O cardápio adaptado contempla todos os tipos de alimentos. O diferencial é que eles foram divididos em três cores, de acordo com a bandeira brasileira: verde (frutas, verduras, legumes e desnatados), amarelo (pães, massas, arroz e batata) e azul (carnes, peixes e aves). A ideia é pensar na bandeira na hora de montar o prato, respeitando a proporção das cores.

"Alimentos do grupo verde devem ser consumidos em maior quantidade, os amarelos de forma moderada e os do grupo azul em menor quantidade. Usamos a bandeira como referência para facilitar o entendimento e a adesão dos pacientes", diz Beatriz.

Para iniciar o projeto-piloto, o hospital selecionou 120 pacientes após evento cardiovascular. Eles foram divididos em três grupos: um recebeu a dieta adaptada e orientação da nutricionista toda semana; outro recebeu a dieta mediterrânea e orientação semanal; e o último recebeu dieta mediterrânea e acompanhamento nutricional mensal.

Eles foram monitorados por três meses. "A ideia era avaliar os efeitos bioquímicos nos pacientes que receberam a dieta adaptada e descobrir a influência do acompanhamento da nutricionista no processo", diz.

Segundo Beatriz, os resultados da fase-piloto são animadores porque mostram redução dos fatores de risco em todos os pacientes do grupo que recebeu a nova dieta. "O número de pessoas com sobrepeso e obesidade no grupo que teve a intervenção da dieta adaptada caiu, o que não aconteceu de maneira significativa nos outros grupos."

A redução da pressão arterial também surpreendeu as pesquisadoras. "Todos tomam medicação para controlar a pressão. Ainda assim, os índices melhoraram, o que mostra que uma alimentação saudável e acessível pode ajudar a pessoa a reduzir o uso de remédios", avalia.

Carlos Magalhães, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), apoia a proposta. "Por enquanto, a dieta mediterrânea é a que mostra melhores resultados na prevenção de eventos cardiovasculares. Se conseguirmos adaptá-la à nossa realidade, será muito mais fácil conseguir a adesão da população", diz. 

* As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Extraído do sítio Revista Exame

SONHOS E QUADROS DE MEYER AXELROD - Armen Apressian

Kolkhoz judaico no Crimea. © Fotos concedidas pelo serviço de imprensa da galeria Vellum

No final de janeiro, no centro de exposições “Artefakt” em Moscou, será inaugurada a exposição “Está tudo nestas linhas: e o que foi sonhado...”. Na mostra são apresentadas cerca de 30 obras do conhecido pintor do século XX Meyer Axerold.

As obras de Meyer Axerold (1902-1970) tiveram um destino estranho e complexo: seus trabalhos não se inseriam no contexto da arte soviética, eles eram muito originais, muitos incompreendidos, muito românticos. Seus professores foram os reconhecidos mestres russos Vladimir Favorski e Serguei Gerassimov. Meyer Axelrod atingiu a fineza da escola clássica, mas não se deteve no que alcançou: ele era admirador dos mestres do Renascimento italiano, entusiasta dos impressionistas e pós-impressionistas franceses. Um apreciador da arte vê com facilidade em seus trabalhos a influência de Modigliani e Van Gogh.


Por um lado não o proibiam e não perseguiam, ele não ficava sem trabalho: decorava livros, era conhecido com pintor teatral, foi autor de frescos para o filme de Serguei Eisenstein “Ivan, o Terrível”, que é considerado um clássico do cinema mundial. Ao mesmo tempo, havia má vontade em expor os seus trabalhos, em vida realizaram-se apenas duas exposições pessoais dele e mesmo assim em Rostov sobre-o-Don, ou seja, na província, tendo a primeira grande exposição retrospetiva acontecido na capital apenas em 1972, dois anos depois da morte do pintor. Ainda em vida comparavam-no com Marc Chagall, e o conhecido crítico de arte Mikhail Alpatov escreveu: “ A arte de Axelrod será, com o tempo, avaliada como arte do maior pintor de nossa época”.

A filha do pintor, Elena Axelrod, lembrava como, depois de sua morte, “os museus como que caíram em si e começaram a comprar os seus trabalhos, os colecionadores, nacionais e estrangeiros começaram a procurá-los.” Foi então que as suas obras foram compradas pela Galeria Tretiakov, pelo Museu Russo e pelo Museu de Artes Plásticas Pushkin e muitos museus da província. A popularidade de Meyer Axelrod cresce de ano para ano, suas obras aparecem com cada vez maior frequência à venda em casas de leilões russas e europeias, nos últimos anos foram organizadas várias grandes exposições.

A base da exposição, a ser inaugurada em 28 de janeiro, é constituída de trabalhos gráficos de 1920-30. São ilustrações de obras de conhecidos escritores tais como Sholom Aleichem, Isaac Babel, Anton Tchekhov e muitos outros, e também esboços de povoados judeus, onde o pintor passou a infância e juventude e que deixaram uma profunda marca em sua vida e obra.

Atraem em especial a atenção seus “contos” em têmpera sobre regiões onde ele esteve já na segunda metade do século XX. Em primeiro lugar a região do Báltico, onde o artista plástico viu o “país dos contos dos irmãos Grimm”: colunas, ogivas e altas torres góticas, tendo por fundo o céu azul.

“Ei-la, a concretização paisagística do sonho do intelectual moscovita sobre o paraíso na Terra – diz a curadora da exposição, crítica de arte Liubov Agafonova – nos anos 60, quando a região do Báltico era a única lufada de liberdade para a intelectualidade soviética, os melhores representantes desta “camada” procuraram ir lá e gravar o que viam em versos e prosa, no papel e na tela. Depois, presentear-nos, no leste totalitário, com o sonho quase ocidental de liberdade, do mar, dos barcos, de tudo aquilo que faz falta no eterno outono moscovita”.

O nome da exposição é uma citação de versos do contemporâneo de Meyer Axelrod, o notável poeta moscovita Pavel Kogan, morto na guerra. Ambos chegaram à capital vindos das regiões ocidentais do antigo império, ambos eram representantes típicos da juventude criadora moscovita de meados do século e até viviam perto, junto de estações vizinhas do metrô.

Extraído do sítio Voz da Rússia

VIGÊNCIA E PRESTÍGIO DO PRÊMIO LITERÁRIO CASA DAS AMÉRICAS - Mireya Castañeda


A quantidade enorme de livros enviados para optarem pelo Prêmio Casa 2013, mais de 700, revela o interesse e o prestígio que mantém entre os escritores de Nossa América.

Esta foi a primeira consideração feita pelo presidente da Casa das Américas, o poeta e ensaísta Roberto Fernández Retamar, ao apresentar à imprensa as estatísticas preliminares de obras que optam pelo Premio em sua 54o. edição, cujos trabalhos circularam de 21 a 31de janeiro.

Durante o encontro na Sala Manuel Galich dessa insittuição, as precisões estiveram a cargo do diretor do Centro de Pesquisas Literárias (CPL), Jorge Fornet.

As cifras adiantadas nos gêneros concursantes neste ano: Novela (172), Poesia (322), Literatura testemunhal (56), Ensaio histórico-social (42), Literatura brasileira (158), e Prêmio Extraordinário (20), para um total de 770 obras, o que faz desta edição — disse Fornet — a quarta maior do Prêmio.

“O país com maior número de concursantes é a Argentina com 200 livros, seguido pelo Brasil 158, Cuba 122, Colômbia 63, Chile 64 e Peru 38”.

Fornet também apresentou a longa lista de escritores, ensaístas e pesquisadores que, após intensas jornadas de leitura, selecionaram os Prêmios Casa 2013, dos quais assinalamos alguns por gênero.

Em Poesia participa o uruguaio Rafael Courtoisie, de quem Fornet lembrou um breve poema utilizado por Mario Benedetti num exergo e Eliseo Subiela em seu filme O lado escuro do coração: “Um dia todos os elefantes se reunirão para esquecer, todos, menos um”.

A argentina Liza Josefina Porcelli Piussi, ganhadora do Prêmio Casa 2012 em literatura para crianças e jovens com seu livro Mi hermano llegó de otro planeta un día de mucho viento, é incluída na lista dos júris de Novela.

Entre os júris de Literatura testemunhal aparece a uruguaia Edda Fabbri, Prêmio Casa 2007 neste gênero com Oblivium, e em Ensaio histórico-social, o cubano Sergio Guerra Vilaboy, Prêmio Extraordinário sobre o Bicentenário 2010 com Jugar con fuego.Guerra social y utopía en la independencia de América Latina.

O amplo espectro da Literatura brasileira conta com três personalidades para julgar, Marcelino Freire, Carola Saavedra e Suzana Vargas.

Para o Prêmio Extraordinário de Estudos sobre as Culturas Originárias da América serão júris três notáveis estudiosos do tema: Esteban Ticona Alejo (Bolivia), de origem aimara, docente de antropologia política e etnografia andina; Emilio del Valle Escalante (Guatemala) de origem maia - quiché, especialista em temas de literatura indígena e movimentos sociais na América Central, e Ticio Escobar (Paraguai), estudioso da cultura guarani, fundador e diretor do Museu de Arte Indígena de Asunción, ministro de Cultura durante a presidência de Fernando Lugo. Seu texto La belleza de los otros, de 1993, foi reeditado agora pela Casa.

Escobar terá a responsabilidade das palavras iniciais das sessões do Prêmio, para converter-se no primeiro paraguaio em fazê-lo pessoalmente, já que em 1992, Augusto Roa Bastos não pôde assistir por motivos de saúde e seu discurso, Mensaje a los pueblos del mundo desde la Casa de las Américas, foi lido por Fernández Retamar.

Naquele texto, o autor de Yo, el supremo lembrava a “hecatombe de nossos povos originários, a maior e mais cruel na história de Ocidente”.

Com o Prêmio Extraordinário são iniciadas também as homenagens pelo centenário do intelectual e político guatemalteco Manuel Galich, considerado “um dos pilares da Casa”, e que foi ganhador do Prêmio Casa em 1961 com a peça El pescado indigesto.

Professor de História da América na Universidade de Havana, Galich ajudou a difundir a história e as culturas dos povos originários da região e destacam seus prólogos ás edições do Popol Vuh (1969) e de Anales de los Cakchiqueles (1967), e, sobretudo, seu volume Nuestros primeros padres (1979).

Além das conferências que oferecerão os diferentes júris e a apresentação dos Prêmios Casa 2012, podem ser apreciadas duas grandes exposições, uma dedicada a Mariano Rodríguez em seu centenário, um dos grandes pintores cubanos, que também foi presidente da instituição, intitulada Notícias de caminhantes,com desenhos específicos, documentos epistolares e fotografias, assim como obras de artistas latino-americanos relacionados com ele, e a outra Umberto Peña: retorno a um pintor visceral, aberta até março na Galeria Latino-Americana.

O Prêmio Casa continua vigente? Para Roberto Fernández Retamar “a melhor resposta é a quantidade enorme de livros enviados para optarem pelo Prêmio, mais de 700. Isto revela o interesse e o prestígio entre os escritores de Nossa América. O Prêmio revelará também novos escritores, continua sendo incentivo e motivo de alegria”.

Extraído do sítio Granma